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Brumadinho pode ter surto de doenças, diz Fiocruz

Estudo da Fiocruz alerta para o risco de surtos de dengue, febre amarela, esquistossomose e leptospiroses na cidade mineira

ALINE

Publicado em 06/02/2019 às 01:00

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A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, divulgou estudo ontem / /Tânia Rêgo/Agência Brasil

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado nesta terça-feira alerta para o risco de surtos de dengue, febre amarela, esquistossomose e leptospirose, além do agravamento de pacientes com doenças crônicas como hipertensão e diabetes, na região afetada pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG). O levantamento foi feito com base em informações locais, concedidas por secretarias de saúde da região, sistemas de dados públicos e estudos anteriores sobre outros desastres, como o rompimento da barragem em Mariana (MG) ou as enchentes em Santa Catarina, em 2008.

"Temos observado que há um padrão, relativamente comum, nos problemas de saúde que se sucedem a desastres, mesmo em caso de eventos climáticos. Então nós coletamos informações de diferentes sistemas para tentar estimar o impacto na saúde", afirma um dos autores do estudo, Diego Ricardo Xavier, epidemiologista do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

O levantamento foi uma parceria entre o instituto e o Centro de Estudos e Pesquisas em Emergência de Desastres em Saúde (Cepes/Fiocruz).

O estudo destaca que a área de Brumadinho é endêmica para febre amarela e esquistossomose, transmitidos por mosquitos e caramujos, respectivamente. Segundo Xavier, o rompimento da barragem causa uma alteração brusca no ecossistema, que pode matar predadores naturais e criar condições favoráveis para esses vetores.

"Isso pode aumentar a população de mosquitos e caramujos, causando surtos", afirma ele. Ao mesmo tempo, os serviços de vigilância e de saúde da região são afetados, o que prejudica o controle das doenças. "Nós apuramos que as unidades de saúde de Brumadinho, as estruturas físicas, não foram atingidas. Contudo, os recursos humanos estão limitados, porque agentes comunitários de saúde também perderam parentes e amigos. Então os atendimentos de rotina da saúde são afetados", diz o
pesquisador. (FP)

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