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Papa diz que críticos da igreja são 'amigos do demônio'

ALINE

Publicado em 21/02/2019 às 01:00

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O papa Francisco disse ontem que pessoas que passam a vida denunciando a Igreja Católica são "amigos, parentes do demônio" / /ALESSANDRA TARANTINO/ASSOCIATED PRESS

Dois cardeais ultraconservadores denunciaram nesta quarta-feira "a praga da agenda homossexual" que assola a Igreja Católica e exortaram os bispos de todo o mundo convocados nesta quinta-feira pelo papa ao Vaticano a combater esse fenômeno.

"A praga da agenda homossexual se espalhou dentro da igreja, fomentada por redes organizadas e protegida por um clima de cumplicidade e silêncio", denunciaram os cardeais Raymond Burke, dos EUA, e Walter Brandmüller, da Alemanha.

A denúncia foi feita na véspera da abertura no Vaticano de uma cúpula excepcional de três dias com os presidentes das 114 Conferências Episcopais em todo o mundo para combater os abusos sexuais cometidos por clérigos.

"As raízes desse fenômeno estão, obviamente, nessa atmosfera de materialismo, relativismo e hedonismo, onde a existência de uma lei moral absoluta, isto é, sem exceções, é abertamente discutida", afirmam os cardeais.

Eles consideram que uma "profunda desordem" reina e que "o mundo católico está desorientado".

Os dois, conhecidos por suas posições conservadoras, reconhecem que "o horrível crime do abuso infantil" é grave e acreditam que se espalhou "não tanto pelo clericalismo" e abuso de poder dentro da igreja, mas por que "se distanciaram da verdade do Evangelho".

Os dois prelados fazem parte do grupo de quatro cardeais ultraconservadores que criticaram em 2016 o papa Francisco por ter concedido em alguns casos a comunhão aos divorciados que voltaram a se casar.

O papa Francisco disse nesta quarta que pessoas que passam a vida denunciando a Igreja Católica são "amigos, primos e parentes
do demônio".

Vítimas de abuso sexual por parte do clero católico exigiram nesta quarta-feira se encontrar pessoalmente o papa Francisco para reforçar o pedido de que os bispos que encobrem tais crimes sejam dispensados do sacerdócio. (FP)

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