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Soltura de Beto Richa 'desmotiva' policiais

ALINE

Publicado em 01/02/2019 às 18:30

Atualizado em 01/02/2019 às 19:31

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O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef/PR) afirmou, na sexta "lamentar" a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, que determinou a soltura do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). O tucano foi preso pela segunda vez no dia 25, na 58ª fase da Lava Jato, por suposta participação em esquema de fraude na gestão das concessões rodoviárias federais do estado. Esta é a segunda vez que Richa é solto. Ele chegou a ser encarcerado em setembro de 2018, em meio à Operação Radiopatrulha, que mirava supostos desvios em programa para a recuperação de estradas rurais do estado. Poucos dias depois foi solto por ordem do ministro Gilmar Mendes. Para Noronha, a prisão de Richa era precipitada e motivada por fatos praticados há mais de sete anos. "Além disso, a realidade é outra, houve renúncia ao cargo eletivo, submissão a novo pleito eleitoral e derrota nas eleições. Ou seja, o que poderia justificar a manutenção da ordem pública - fatos recentes e poder de dissuasão - não se faz, efetivamente, presente", disse o presidente do STJ. "Os policiais federais receberam a notícia com indignação, especialmente pela concessão adicional de salvo conduto em favor de Richa. Na avaliação dos policiais federais, além da clara possibilidade de Richa exercer influência sobre as investigações, a medida revela o descompasso entre os profissionais de segurança pública e o Judiciário no combate à corrupção. O sentimento é de desmotivação", afirma
o Sindpef. (EC)

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