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Nesta última quinta-feira, o Congresso promulgou uma emenda que coloca o Brasil em 'Estado de Emergência' e aumenta gastos públicos
15/07/2022 às 12:35 atualizado em 15/07/2022 às 12:51
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Jair Bolsonaro (PL) | MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
O Congresso Nacional promulgou, nesta última quinta-feira (14/07), uma emenda constitucional que coloca o Brasil em “Estado de Emergência”, tendo como base a guerra na Ucrânia e a crise doscombustíveis. Com isso o planalto pretende aumentar os auxílios já existentes, criar outros e beneficiar sua base de apoio.
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Embora tenha uma “ponta” de benemerência, trata-se de projeto puramente eleitoreiro que perdurará até o final de 2022. Esse cheque pré-datado, de mais de 40 bilhões de reais, foi assinado até pela oposição. E como é sabido, será pago por todos os brasileiros.
Não é fato novo na política nacional tal devaneio. Na busca da reeleição, Fernando Henrique Cardoso, em 1998, também demandou muitas emendas em favor de grupos partidários para criar sustentação nas eleições.
A estranheza da atual intentona contra os cofres públicos, em favor de uma reeleição, é a figura central de Jair Bolsonaro (PL) que venceu em 2018 pregando justamente o contrário e foi o único Deputado Federal a não votar a favor do Fundo de Combate à Pobreza, no ano 2000. Eleições ora eleições.
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Hoje, o mesmo protagonista, impulsiona uma situação de exceção constitucional aumentando o Auxílio Brasil. Dessa forma, segue a mesma trilha das gestões anteriores, não traduzindo os lemas decampanha, nem o que seus seguidores externam nas redes sociais.
O mais do mesmo prevalece na política nacional com arranjos e conchavos que perduram há décadas. De fato, temos que ser otimistas com o futuro, mas os dados atuais nos conduzem à percepção que tanto Bolsonaro quanto Lula se igualam nas práticas da velha e antiga política. Sem a opção da terceira via, pois as campanhas de Simone Tebet e Ciro Gomes ainda não decolaram, o eleitor ficará refém de umasituação binária extrema, o que não saudável para ademocracia.
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