REPÓRTER DA TERRA
As notÃcias do campo por Nilson Regalado
Luiz
Publicado em 21/08/2020 Ã s 17:21
Atualizado em 21/08/2020 Ã s 17:27
Cartaz de esboço em aquarela de ecologia / Pimonova
A rara massa de ar polar que promete frio intenso neste final de semana em toda a América abaixo da linha do Equador é mais um dos eventos climáticos extremos que têm marcado 2020. Nestes oito meses, o Brasil registrou 59 mortes nas enchentes devastadoras de Minas Gerais e outras 44 nos deslizamentos na Baixada Santista. O maior desastre com ventos da história do País aconteceu em junho, quando um ciclone-bomba ‘atropelou’ 230 cidades de Santa Catarina deixando 13 mortos. Neste mês, dois tornados ‘varreram’ 31 cidades no Sul e um ciclone extratropical atingiu Salvador.
Mas, a natureza já dava alertas desde 2004, quando o furacão Catarina arrasou os litorais gaúcho e catarinense com ventos de até 176 km/h. Em 2005, Manaus registrou a maior cheia da história. Em 2012, a pior seca em décadas castigou 1.100 cidades do Nordeste. Em 2015, uma ‘família’ com seis tornados assustou Paraná e Paraguai.
O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP observou aumento nos eventos extremos na Grande SP nas últimas duas décadas. Nesse período, o número de chuvas acima de 100 milímetros/dia superou os 60 anos anteriores.
Além das queimadas, esse fenômeno também tem causas externas. Desde o século 18, chaminés e automóveis agridem o ar. Da Segunda Guerra Mundial para cá, dois mil testes nucleares alteraram o equilíbrio biofísico da atmosfera. Ao redor do Planeta, 40 mil hidrelétricas alagaram florestas. Para alimentar sete bilhões de humanos, adubamos lavouras com óxido nitroso e criamos gado, fonte de gás metano, ambos causadores do aquecimento global.
Essas alterações promovidas pelo homem puseram fim a uma era que durou 12 mil anos, desde a última glaciação. Portanto, bem-vindo ao Antropoceno, a nova era geológica que desafia a sobrevivência de animais e plantas. No Índice Global de Risco Climático de 2018 o Brasil subiu dez posições no ranking dos países mais afetados por eventos extremos. Até 2050, a previsão é que os prejuízos no País atinjam R$ 3,6 trilhões. As primeiras políticas públicas para conter desastres ambientais surgiram em 1999, no Governo FHC, mas desde 2015 essas discussões foram abandonadas...
Cantagalo.
Agosto marca 45 anos do primeiro embarque de carne de frango feito pelo Brasil. Em 1975, o navio finlandês Aconcágua zarpou de Itajaí para o Oriente Médio com 650 toneladas. Hoje, o Brasil é o maior vendedor mundial de frango, com 300 mil toneladas exportadas/mês.
Mulher bonita não paga.
Uma nova ‘banana-da-terra’ vem obtendo resultados promissores em Pariquera-Açu, no Ribeira de Iguape. A ideia é resgatar o protagonismo da fruta, sucesso nas feiras de Santos e SP até os anos 80. Diferente da nanica e da prata, a ‘da-terra’ é um plátano. Isso significa que ela não converte amido em açúcar como as bananas, o que garante sabor e textura peculiares. Hoje, a fruta é mais usada na alta gastronomia, em nhoques e purês, e custa até o triplo das bananas comuns.
ECONOMIA
Hotéis, bares e restaurantes abriram 175 mil novos empregos no ano passado; levantamento apontou alta de 5,4% no volume de vagas
CRIME EM SP
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