O ano de 2020 entra para a história como um dos mais atípicos e difíceis dos últimos tempos. Sofremos diversas perdas, desde as vidas ceifadas pelo coronavírus, até os empregos de milhares de pessoas. O Brasil entrou em crise e a economia teve que recuar muitos passos na tentativa de conter a pandemia e garantir um auxílio à população.

Aos poucos, fomos nos adaptando à nova realidade, tentando recuperar os danos. Com o passar dos meses, os empregos voltaram a surgir e, mesmo com todas as limitações, diversos setores da nossa economia foram reabrindo. Além disso, o cenário com diversas vacinas apareceu e a perspectiva de dias melhores aumentou. Mesmo assim, sabemos que ainda falta muito para que tudo volte aos eixos.

No papel de deputado estadual, participei de decisões que nortearam a maneira com que o Governo de São Paulo lidaria com a pandemia, e como investiria o dinheiro dos cidadãos em um momento em que diversas regras para o uso de verbas foram flexibilizadas, garantindo rapidez nas ações emergenciais durante este período.

Pensando em fiscalizar os contratos que seriam firmados pela gestão pública durante a pandemia e dar transparência aos processos, me integrei ao grupo Parlamentares em Defesa do Orçamento (PDO). Infelizmente, recebemos diversas denúncias de supostos crimes contra a administração pública, como desvio de verbas que deveriam ser destinadas à compra de equipamentos, testes, remédios e montagem de hospitais.

Nosso grupo ainda visitou mais de 15 hospitais para verificar pessoalmente as denúncias que chegavam aos gabinetes. Falta de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde; estrutura debilitada nos locais de atendimento à população; e compras superfaturadas de materiais, suprimentos e equipamentos foram alguns dos problemas encontrados. Na busca de soluções, protocolamos documentos no Ministério Público de São Paulo e na Polícia Federal para a devida apuração.

Mesmo com tantas adversidades, não tivemos apenas notícias ruins. Avançamos com a pauta das escolas cívico-militares, com duas cidades escolhidas pelo Ministério da Educação (MEC), Sorocaba e São Vicente, para receberem o programa nacional de implantação do modelo. Os municípios, inclusive, já selecionaram as unidades educacionais que serão convertidas.

Como criador e presidente da Frente Parlamentar pela Implementação das Escolas Cívico-Militares no Estado de São Paulo, muito me felicita ter articulado o processo nas duas cidades, tanto com os respectivos prefeitos, quanto junto ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, e ao diretor do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), o tenente-coronel Gilson Passos.

Sabemos das dificuldades que alunos e professores enfrentam no ensino público e, com o projeto, terão a oportunidade de aumentar a qualidade da educação e do ambiente escolar, favorecendo a aprendizagem e o respeito. Agora, seguirei trabalhando para que possamos levar o modelo para ainda mais
cidades.

O ano nos trouxe muitos desafios, mas, com garra e o apoio de todos, pudemos superar as barreiras. Que este Natal renove nossas forças para que possamos conquistar ainda mais objetivos.

*Tenente Coimbra é natural de Santos/SP. Foi eleito deputado estadual com 24.109 votos pelo PSL