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Tenente Coimbra

Os militares nas Olimpíadas

Vejo o Programa Atletras de Alto Rendimento (PAAR) como um meio de incentivar e ajudar os atletas a se preocuparem somente em competir, já que tem uma base de apoio

Marcelo Silva

Publicado em 22/07/2021 às 01:00

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Atletas posicionados no pódio, bandeiras sendo hasteadas, o Hino Nacional sendo tocado ao fundo e a mão prestando continência. A posição poderia ser vista como apenas mais um gesto de respeito para o momento, mas na verdade, o que quer dizer é que o medalhista é das Forças Armadas.

O Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) foi criado em 2008, por iniciativa do antigo Ministério do Esporte, hoje Cidadania, em parceria com o Ministério da Defesa e buscava melhorar o desempenho do Brasil em eventos como os Jogos Mundiais Militares, que seriam sediados no Rio três anos depois.

A iniciativa contribuiu para fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Junto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Ministério da Cidadania, os Clubes aos quais os atletas do programa pertencem e as Confederações e Federações Esportivas, o PAAR, hoje, viabiliza o Projeto Olímpico Brasileiro, atualmente, o programa conta com 511 atletas militares em 30 modalidades, das quais 23 são olímpicas.

Para ser atleta do Programa Atletas de Alto Rendimento o candidato precisa passar por uma seleção, por meio de edital público, que inclui avaliação curricular, entrevista, inspeção de saúde e exame físico. O candidato que estiver apto à vaga passa a integrar a Força Terrestre com a graduação de terceiro sargento temporário e têm à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, décimo terceiro salário, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem das instalações esportivas militares adequadas para treinamento nos centros da Marinha (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes - CEFAN), do Exército (Centro de Capacitação Física do Exército e Complexo Esportivo de Deodoro) e da Aeronáutica (Universidade da Força Aérea - UNIFA).

Após a seleção os atletas brasileiros aprovados passam por um treinamento básico por cerca de 45 dias aprendendo a marchar e prestar continência, por exemplo, e podem permanecer no programa por no máximo oito anos. Os selecionados não se tornam oficiais e nem podem seguir carreira, o que só acontece via concurso público.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, estão se aproximando. Até o momento da publicação deste texto, mais de 200 atletas brasileiros já se classificaram para participar da competição que ocorre de 23 de julho a 8 de agosto na cidade asiática. Do total, 52 desportistas são militares e fazem parte do Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR). Eles participarão de 15 das 46 modalidades esportivas. Esse grupo representa 25% do total de competidores.

Sabemos da dificuldade dos atletas nacionais para conseguir patrocínio e muitas vezes é o próprio atleta quem corre atrás, tendo que se desdobrar entre a modalidade que pratica e a busca pela ajuda para seu desenvolvimento. Então vejo o PAAR como um meio de incentivar e ajudar os atletas a se preocuparem somente em competir, já que têm uma base de apoio.

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