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Bolsonaro chama Lula de ladrão, mas nega ter ido a Londres para fazer política

Além da primeira-dama, Michelle, ele viajou acompanhado do pastor evangélico Silas Malafaia, a quem tem chamado de importante conselheiro durante a campanha, do padre Paulo Antônio de Araújo e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

19/09/2022 às 09:41

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Bolsonaro e Michelle em Londres, para acompanhar o funeral da rainha

Bolsonaro e Michelle em Londres, para acompanhar o funeral da rainha | Facebook/Eduardo Bolsonaro

Em Londres para o funeral da rainha Elizabeth 2ª, realizado nesta segunda (19) com a presença de líderes mundiais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a chamar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário nas eleições de outubro, de ladrão. Irritou-se, porém, ao ser questionado se foi ao Reino Unido fazer política.

Bolsonaro foi criticado por adversários e pela imprensa britânica após realizar no domingo (18) um ato em tom eleitoral com apoiadores em frente à casa do embaixador brasileiro no Reino Unido, Fred Arruda, ocasião em que também chamou o petista de ladrão.

"Vocês acham que eu vim para cá fazer política? Não vou responder. Faz uma pergunta decente. Se eu não viesse, estaria sendo criticado", declarou o presidente quando saia em direção à cerimônia de funeral.

Ele voltou a conversar com dezenas de apoiadores que o aguardavam. "Vocês têm alguma dúvida de que o Brasil é a terra prometida? Por que insistir em colocar um ladrão de volta na Presidência?", perguntou, em referência à candidatura de Lula.

Bolsonaro também citou a reportagem do portal UOL que revelou que ele e sua família compraram 51 imóveis com dinheiro vivo nas últimas décadas. "A questão dos imóveis, canalhice! Pegaram parentes meus que têm vida própria. Covardia, covardia. Três anos e meio sem corrupção no meu governo", declarou.

A campanha de Lula recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que Bolsonaro seja impedido de explorar eleitoralmente as imagens produzidas durante a viagem oficial a Londres, reivindicando que seja aplicada multa de R$ 25 mil ao presidente.

Além da primeira-dama, Michelle, ele viajou acompanhado do pastor evangélico Silas Malafaia, a quem tem chamado de importante conselheiro durante a campanha, do padre Paulo Antônio de Araújo e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O filho do presidente tem disseminado nas redes sociais imagens com apoiadores na tentativa de dizer que as cenas são exemplo da força do presidente. Nesta segunda, publicou uma imagem com pessoas vestindo as cores da bandeira do Brasil perto da casa do embaixador.

"Uma multidão esperando o presidente Bolsonaro vir à terra da rainha e aquela marivilhosa imprensa me fazendo perguntas para desvirtuar do momento", escreveu.

Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência e coordenador da campanha bolsonarista, também esteve com o presidente no discurso feito na varanda do embaixador e em outros encontros com apoiadores.

O presidente participou da cerimônia em homenagem à rainha, na Abadia de Westminster. Ainda nesta segunda, tem na agenda um almoço com a chancelaria britânica e, depois, retorna para a residência do embaixador brasileiro.

Do Reino Unido, o presidente parte para Nova York, onde participa da Assembleia-Geral da ONU e faz o discurso de abertura, em uma viagem com risco político calculado.

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