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Imagens feitas de um buraco negro foram divulgadas ontem | / Reprodução
A colaboração internacional envolvida no projeto Event Horizon Telescope (Telescópio do Horizonte dos Eventos) apresentou nesta quarta-feira os primeiros resultados de seu esforço para registrar a mancha escura de um buraco negro. A imagem é de tirar o fôlego, numa confirmação espetacular da teoria da relatividade geral em um dos ambientes mais radicais já estudados, o superburaco negro no coração da galáxia M87. Os resultados científicos completos foram publicados em seis artigos no periódico The Astrophysical Journal Letters.
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Trata-se do ponto culminante de décadas de trabalho no desenvolvimento de uma técnica chamada de interferometria de base muito longa. Traduzindo do cientifiquês, é o esforço de combinar os dados de vários radiotelescópios separados por longa distância numa única imagem. Isso equivale, grosso modo, a ter um telescópio cuja área é do tamanho da maior distância entre os diferentes elementos. A primeira observação feita pela equipe do EHT foi em 2006, mas os cobiçados dados que culminaram na apresentação desta quarta-feira foram gerados em abril de 2017, a partir de oito conjuntos de radiotelescópios, espalhados por Europa, Estados Unidos, Chile e até mesmo o Polo Sul.
Entre 2018 e 2020, novos observatórios vêm se juntando ao projeto, que contará com pelo menos 11 instalações até 2020. E o desafio maior, claro, é processar esses dados todos para gerar uma única imagem - a técnica exige alto poder computacional e incrível sincronismo de operação nas observações, controlado por relógios atômicos de alta precisão. (FP)
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