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Cotidiano

Lula defende eleições livres e alternância de poder na Venezuela

O candidato afirmou ainda que não há presidente insubstituível; "Que as eleições sejam sempre mais livres e que se acate o resultado"

Leonardo Sandre

22/08/2022 às 16:39  atualizado em 22/08/2022 às 16:48

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Ao ser questionado sobre o país vizinho, o ex-presidente afirmou que gostaria de desejar à Venezuela o que quer para o Brasil

Ao ser questionado sobre o país vizinho, o ex-presidente afirmou que gostaria de desejar à Venezuela o que quer para o Brasil | Joe Silva/Gazeta de S. Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira a realização de eleições livres e a alternância de poder na Venezuela. O petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o pleito presidencial de outubro, deu uma entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros em São Paulo.

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Ao ser questionado sobre o país vizinho, o ex-presidente afirmou que gostaria de desejar à Venezuela o que quer para o Brasil. "Que as eleições sejam sempre mais livres e que se acate o resultado", afirmou, em crítica indireta também aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral.

"Não concordei quando a União Europeia inteira aceitou [Juan] Guaidó como presidente da Venezuela e ele era um impostor, está provado que ele era um impostor. Sempre aprendi a respeitar a autodeterminação dos povos de um país, não posso ficar me metendo."

Lula afirmou ainda que teve uma extraordinária relação com a Venezuela, que o Brasil irá tratar o país com respeito e "sempre desejando que ele seja o mais democrático possível".

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"Defendo alternância de poder não só para mim, desejo para a Venezuela e para todos os países. Não há presidente insubstituível. O Brasil vai tratar a Venezuela com respeito", disse. O ex-presidente era aliado de Hugo Chávez e o PT tem uma relação próxima com o ditador Nicolás Maduro.

Ainda sobre temas de política externa, Lula afirmou que é preciso criar uma nova governança mundial e citou que é preciso que mais países ingressem no Conselho de Segurança da ONU e que a própria ONU seja reformulada para evitar conflitos como a Guerra da Ucrânia.

O petista disse que espera que a guerra tenha acabado até sua eventual posse e que, caso contrário, o Brasil "fará todos os esforços que estiver em seu alcance para que seja reestabelecida a paz".

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