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Ilha de Itamaracá transforma garrafas de vidro em casa sustentável | Instagram
A ilha paradisíaca de Itamaracá, em Pernambuco, enfrenta o desafio crescente do lixo, uma consequência da urbanização e do turismo em massa.
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No meio desse cenário, surge uma iniciativa inspiradora que está transformando resíduos, especialmente garrafas de vidro, em soluções habitacionais criativas e sustentáveis. A protagonista dessa história é a “Casa de Sal”, um projeto idealizado por Edna Dantas e executado ao lado de sua filha, Maria Gabrielly Dantas.
Nesse sentido, a dupla de pernambucanas mostra que a verdadeira inovação reside na capacidade de ver o lixo não como um problema, mas como matéria-prima. Elas uniram criatividade, atitude e um forte senso de sustentabilidade para erguer uma casa que é um manifesto contra o desperdício e a favor da moradia digna.
O projeto “Casa de Sal” nasceu do desejo de Edna de combater o acúmulo de lixo nas praias, um problema que se intensificou durante o período da pandemia.
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Usando madeira reciclada e, principalmente, garrafas de vidro coletadas, a família começou a construir sua residência ecológica, demonstrando que é possível morar bem e de forma sustentável com recursos que, muitas vezes, são descartados.
A Casa de Sal não é apenas um experimento; é um lar funcional e repleto de inovações. Em pouco mais de dois anos, mais de 8.000 garrafas já foram incorporadas à estrutura da casa, dando um destino nobre ao vidro que poluiria o meio ambiente.
Além disso, a iniciativa demonstra um profundo compromisso com a reutilização de materiais. Por exemplo, a estrutura conta com tabiques feitos de paletes descartados e telhas produzidas a partir de tubos de pasta de dentes.
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Essa busca por alternativas reflete-se, inclusive, no mobiliário e nos revestimentos, todos criados a partir da reciclagem.
O trabalho de Edna e Gabrielly vai muito além de uma simples construção. A Casa de Sal levanta discussões essenciais sobre o problema da moradia digna no Brasil, em que milhões de pessoas ainda vivem sem um teto seguro.
O projeto provoca reflexões importantes sobre como as políticas públicas podem ser aprimoradas para abarcar tanto a habitação quanto a gestão eficaz dos resíduos sólidos urbanos.
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Portanto, o impacto da Casa de Sal na comunidade local é notável, pois ela:
A jornada para erguer a Casa de Sal não foi fácil. A construção civil é, tradicionalmente, um ambiente dominado por homens, e a presença de Edna e Gabrielly expôs barreiras de gênero desde o princípio.
Elas enfrentaram resistência e desconfiança por parte de alguns, mas conseguiram afirmar sua visão inovadora e capacidade técnica, provando que habilidade não tem gênero.
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Dessa forma, a residência se tornou um poderoso símbolo de resistência feminina, reforçando a necessidade de inclusão e respeito. O projeto enfatiza a importância de valorizar o protagonismo das mulheres na busca por soluções sustentáveis e inovadoras para os problemas da sociedade.
Para Edna e Gabrielly, a Casa de Sal representa mais do que uma inovação arquitetônica: ela sinaliza uma mudança necessária na nossa relação com o consumo e a reutilização de materiais. A existência da casa nos convida a refletir sobre os valores ligados ao desperdício e aos resíduos urbanos.
Com efeito, o exemplo das pernambucanas prova, na prática, que é possível transformar desafios ambientais em novas oportunidades, promovendo um relacionamento mais harmonioso entre o ser humano e o planeta. A Casa de Sal aponta um caminho promissor para um futuro mais sustentável.
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