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Presidente ataca TSE e diz que não irá perder as eleições 'para narrativas'

Declaração foi feita no Encontro Nacional do Agro, evento que teve tom de campanha e discurso de apoiadores de Bolsonaro

Maria Eduarda Guimarães

10/08/2022 às 11:42  atualizado em 10/08/2022 às 11:50

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Jair Bolsonaro (PL)

Jair Bolsonaro (PL) | Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar nesta quarta-feira (10) os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e disse que não irá perder as eleições deste ano "para narrativas".
"Sou o chefe da nação e não vou chegar a 2023 ou 2024 e dizer o que eu não fiz lá atrás para o Brasil chegar nesta situação. Que isso custe a minha vida. Nós somos a maioria, somos pessoas de bem", afirmou.

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A declaração foi feita no Encontro Nacional do Agro, evento que teve tom de campanha e discurso de apoiadores com pedido de empenho dos presentes nas eleições deste ano.

O mandatário afirmou que há "ameaça à liberdade" no Brasil e que a população tem o dever de "aperfeiçoar as instituições, desconfiar".

"Que pipoca de democracia que é essa que estão atacando? Queremos transparência, queremos a verdade, queremos terminar eleições sem quaisquer desconfianças, de qualquer lado", disse.

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Ele retomou as críticas pelo fato de o TSE não ter acolhido todas as recomendações feitas pelas Forças Armadas sobre o sistema eletrônico de votações.

"Não aceitar sugestões que eles pediram, que convidaram. Queremos certeza de que o voto de cada um de vocês realmente vá para aquela pessoa. Isso é democracia", disse.

O chefe do Executivo também voltou a atacar o manifesto em defesa da democracia que será lida no dia 11 de agosto na Faculdade de Direito da USP.

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"Vimos agora há pouco uma cartinha em defesa da democracia. Olha quem assinou a carta. O último que assinou é um cara que vive de amores e beijos – ou vivia, porque alguns já morreram –, com Fidel Castro, Chaves, Evo Morales, Lugo , entre outros", disse, em referência à relação do ex-presidente Lula (PT) com antigos líderes de esquerda da América Latina.

Bolsonaro também criticou trecho do plano de governo petista inicial que, segundo ele, mencionava a regulação da produção agrícola.

"O cara já retirou do programa de governo dele. Malandro como sempre, sem caráter, bêbado que quer dirigir o Brasil", declarou.

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A campanha do PT, por sua vez, informou que essa parte do plano foi um equívoco e que será retirado.

No palco, ao lado de Bolsonaro, estava o general Braga Netto, candidato a vice-presidente e que, atualmente, não ocupa nenhum cargo no governo.

Também estavam os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Joaquim Leite (Meio Ambiente) e Anderson Torres (Justiça).

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O discurso ocorreu em um evento com tom de campanha, com Bolsonaro ovacionado pelo público e pedidos de integrantes do setor para que se esforcem para reeleger o atual presidente.

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, por exemplo, pediu para que os presentes intervenham "no processo eleitoral" e disse que "está em nossas mãos o destino do país".

Sem citar nominalmente o ex-presidente Lula (PT), Martins afirmou disse que não se pode permitir o "retorno de candidato que foi processado e preso como ladrão".

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Ele também solicitou empenho de todos para evitar a volta de uma "equipe corrupta e incompetente ao poder.

O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, por sua vez, disse que Bolsonaro teve mais realizações que a soma de todas as gestões anteriores.

"Quando analisamos os governos de 2000 a 2016, em três anos e meio se fez muito mais que em 16 anos", disse

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A deputada federal e ex-ministro da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), que é candidata a senadora, também deu discurso em tom de campanha e exaltou os feitos do governo de Bolsonaro.

O sucessor de Cristina na chefia da pasta, Marcos Montes, fez duras críticas ao PT e questionou se o partido quer voltar ao governo para "politizar novamente a Embrapa".

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