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Protesto de grupo munduruku bloqueou entrada da COP30 nesta sexta | Reprodução
Um grupo de indígenas do povo Munduruku já liberou a entrada da Blue Zone da COP30 em Belém, capital do Pará, após bloquear o caminho na manhã desta sexta-feira (14/11).
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A segurança no local foi reforçada, e, por isso, os participantes e delegados da COP30 utilizaram uma entrada alternativa.
Os manifestantes, originários da região Norte do País, foram convidados para uma reunião com o presidente da Conferência, André Corrêa do Lago, e com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Esta é considerada a COP com a maior participação indígena já registrada.
O protesto teve como exigência uma reunião urgente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a revogação do Decreto n.º 12.600/2025, que institui o Plano Nacional de Hidrovias e elege os rios Tapajós, Madeira e Tocantins como eixos prioritários para a navegação de cargas.
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Em nota, o movimento afirmou que os projetos ameaçam não só os munduruku, mas também os povos da bacia do Tapajós e Xingu, e que não houve consulta prévia.
Os munduruku alegam que tal situação resultará na instalação de mais portos próximos às aldeias e na expansão dos cultivos de soja sobre suas áreas.
“Tudo isso acontece sem o Estado nos ouvir. Querem destruir o fundo do rio, querem explodir nossos pedrais sagrados, querem lotar o Tapajós de barcaças para levar soja para fora do Brasil. Quem mora aqui somos nós, não as empresas”, afirmaram os manifestantes, em nota.
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Apesar do bloqueio, o protesto ocorreu de maneira pacífica, sem qualquer cena de violência.
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