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Longa 'Honestino' será lançado em maio de 2026 | Divulgação/Filme Honestino
A trajetória de Honestino Guimarães, líder estudantil desaparecido durante a ditadura militar, acaba de ganhar duas grandes homenagens.
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A primeira é o lançamento do filme "Honestino", dirigido pelo manauara Aurélio Michiles, que estreia nos cinemas em maio de 2026.
A segunda é a apresentação do projeto de lei (PL 5081/2025), de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que propõe inscrever o nome do estudante no “Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”, no Panteão da Pátria e da Liberdade, em Brasília.
O filme foi recentemente selecionado para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, após ganhar o “Prêmio de Melhor Montagem” (André Finotti) no Festival do Rio.
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A obra, que mistura documentário e ficção, resgata a história do ex-presidente da UNE, preso e desaparecido em 1973 aos 26 anos, e um dos maiores símbolos da resistência estudantil contra o regime militar.
Na trama, a trajetória de Honestino é reconstituída a partir de cenas interpretadas por Bruno Gagliasso e de depoimentos de familiares, amigos, políticos e militantes, como Almino Afonso, Jorge Bodanzky, Franklin Martins e Betty Almeida, biógrafa do líder estudantil.
Essa pluralidade de vozes ajuda a revelar a dimensão humana e política de um jovem que construiu uma rede que segue inspirando gerações.
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Com direção de Aurélio Michiles e produção de Nilson Rodrigues, o longa tem trilha sonora original de Flavia Tygel, música tema interpretada pela cantora Fafá de Belém e distribuição da Pandora Filmes.
A motivação pessoal do diretor atravessa a obra. Amigo de Honestino na juventude, Michiles acompanha desde 1968 a memória do líder.
Décadas depois, um vídeo do neto de Honestino, Lucas, durante a reinauguração da ponte em Brasília que leva o nome do avô, foi o impulso final para o projeto ser realizado.
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“Nosso propósito é não deixar o personagem congelado numa fotografia antiga, mas torná-lo tangível, vivo. O ontem é hoje e o hoje pode ser o futuro”, define Michiles.
A filha de Honestino, Juliana Guimarães, destaca a força emocional da obra: “Além da importância dessa história ser contada para todo mundo, esse filme é um verdadeiro presente para mim, porque me ajuda a recompor quem eu sou. Essa história me atravessa a vida.”
Enquanto o cinema homenageia Honestino com um olhar sensível e humano, o Senado avança no reconhecimento oficial de sua contribuição à democracia. O projeto de lei apresentado por Randolfe Rodrigues foi celebrado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade que Honestino presidiu em 1971.
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Para Bianca Borges, presidenta da UNE, a iniciativa representa um acerto de contas com a história e uma homenagem a toda a geração de jovens que ousou sonhar com um país livre.
“Honestino é um dos maiores símbolos da luta estudantil brasileira. Seu desaparecimento durante a ditadura é uma ferida que o Brasil ainda precisa cicatrizar - e reconhecê-lo como Herói da Pátria é um passo fundamental nesse processo. Ele representa a coragem da juventude que enfrentou a repressão e manteve viva a esperança de um Brasil democrático”, declarou Bianca.
Bruno Gagliasso também fará parte do elenco do primeiro filme 100% sustentável do mundo. Esse longa contará a história de Chico Mendes, e Gagliasso interpretará o assassino do ambientalista. Essa produção é distinta do filme Honestino.
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Fusão de documentário e ficção, o filme conta a história de Honestino Guimarães, líder estudantil da geração de 1968, presidente da UNE e aluno da UnB.
Preso cinco vezes por sua militância, Honestino foi sequestrado em 1973, aos 26 anos, e é um dos centenas de brasileiros desaparecidos durante a ditadura militar.
A narrativa é baseada em cartas, poemas e imagens de arquivo, dezenas de depoimentos de familiares, amigos e militantes, e cenas interpretadas por Bruno Gagliasso.
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