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Esportes
A contratação do lateral-direito, porém, gerou repercussão negativa entre torcedores e grupos políticos no clube baiano
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Marcinho se disse arrependido por não ter prestado socorro a casal que foi atropelado e morto por ele em dezembro de 2020 | Rafael Machaddo/EC Bahia
Marcinho foi anunciado como o novo jogador do Bahia para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Ele foi apresentado nesta quarta-feira (3), na Cidade Tricolor, em entrevista coletiva online. Réu por atropelar e matar um casal em 2020, o lateral-direito falou o que teria feito de diferente se pudesse voltar no tempo e qual lição tirou de tudo que aconteceu.
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- Com toda certeza, eu teria parado. Mas, por uma série de fatores: medo, medo de ser linchado, sou uma figura pública; não estar vivendo um grande momento, um bom momento, na verdade, no clube em que eu estava. Isso culminou em uma atitude muito ruim minha, e isso é o que eu tenho buscado melhorar muito na minha vida. Cresci bastante. Fui pai. Então, com certeza, sou uma pessoa totalmente diferente daquele rapaz do dia 30 de dezembro de 2020.
A contratação do lateral-direito, porém, gerou repercussão negativa entre torcedores e grupos políticos no clube baiano.
A torcida organizada "Tricoloucas" repudiou a contratação e afirmou que o "futebol não é e nem deve ser palco para criminosos."
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Além do lateral, o Bahia anunciou também a contratação de Ricardo Goulart, meia que recentemente rescindiu seu contrato com o Santos, para a sequência da Série B.
CRIME
Marcinho atropelou os professores Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima, no Rio de Janeiro, no final de 2020. Alexandre morreu no local, e Maria Cristina chegou a ser hospitalizada em situação grave, mas também morreu depois. Ele assumiu que estava na direção e fugiu sem prestar socorro.
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Em maio de 2021, o juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ), e o jogador vai responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), agravado por ausência de prestação de socorro às vítimas.
Pelo código penal, se for declarado culpado, a condenação varia de dois a quatro anos de prisão e pode ser aumentada por conta da omissão de socorro.
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