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Febre nos anos 90, os poodles quase não existem mais no Brasil; veja o motivo

Dados revelam uma queda de quase 85% no número de poodles no Brasil desde 1997

Vitoria Estrela

06/12/2025 às 18:45

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Diminuição de poodles no Brasil está diretamente relacionada com a sua popularidade; entenda

Diminuição de poodles no Brasil está diretamente relacionada com a sua popularidade; entenda | Freepik

Inteligentes, brincalhões e belíssimos, os poodles dominaram as casas brasileiras nos anos 1990.

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Mas você já reparou que é cada vez menos comum ver poodles por aqui? Não é mera impressão. Dados mostram que essa raça de cachorro realmente “sumiu” do País nos últimos anos.

Em 1997 foram 3.193 registros de poodles, mas em 2022 esse número despencou para 501, mesmo com o mercado pet em crescimento (Foto: Freepik)
Em 1997 foram 3.193 registros de poodles, mas em 2022 esse número despencou para 501, mesmo com o mercado pet em crescimento (Foto: Freepik)
Com a reprodução acelerada e irresponsável para atender à demanda, os poodles começaram a apresentar problemas de saúde (Foto: Donespacial/Wikimedia Commons)
Com a reprodução acelerada e irresponsável para atender à demanda, os poodles começaram a apresentar problemas de saúde (Foto: Donespacial/Wikimedia Commons)

O declínio da raça no Brasil

Mesmo sem um censo oficial por raça, alguns levantamentos ajudam a entender a queda brusca no número de poodles.

A Confederação Brasileira de Cinofilia registra cães de raça no País e mostra o tamanho da mudança. 

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Em 1997 foram 3.193 registros de poodles, mas em 2022 esse número despencou para 501, mesmo com o mercado pet em crescimento. A diminuição chega a quase 85% por cento.

Por que a busca diminuiu

Segundo especialistas, o interesse por raças específicas costuma estimular a reprodução para atender à demanda. 

No caso dos poodles, o desejo das famílias por cães cada vez menores criou  um problema. Termos como “micro” e “zero” surgiram no mercado, apesar de oficialmente o menor tamanho reconhecido ser o toy.

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A criadora de poodles Giovana Bião contou à BBC que essa procura levou a cruzamentos arriscados:

“Foram cruzando os menores com os menores, pai com filha, para atender o desejo de clientes que queriam ‘cão de bolso’, um bibelô”, disse ela. 

“O resultado dessa busca muitas vezes são animais com deficiências, problemas. Os muito pequenos só deviam ser de companhia, não para ficar reproduzindo”, completou.

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Com o passar dos anos, os poodles começaram a apresentar problemas como fragilidade óssea, convulsões, arcada dentária comprometida e as famosas “lágrimas ácidas”.

Fama de ‘difícil de cuidar’ cresceu

Segundo a criadora Maria Gloria Romero, a própria reputação da raça foi afetada, tanto pela fama de “problemática” quanto pelo tamanho dos animais.

Ela lembra que muitas famílias adquiriam filhotes esperando que eles permanecessem pequenos, mas os cães cresciam e geravam frustração. 

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No fim dos anos 1990, quando ela fundou o Poodle Clube Paulista, uma instituição que organizava desfiles da raça, as reclamações eram frequentes. 

“Cansei de ser abordada nos eventos por pessoas que se sentiam verdadeiramente enganadas por canis que reproduziam sem preocupações com a raça”, contou à BBC.

O clube chegou ao fim em 2003, quando quase não havia mais poodles participando dos encontros.

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