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Além da diferença de datas, cada país possui costumes únicos para celebrar o Natal | Reprodução YouTube/Janela para Moscou
Falta menos de um mês para o dia 25 de dezembro e, em vários países, as ruas já estão tomadas por luzes e enfeites natalinos.
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Para muitos cristãos, essa é a data que marca o nascimento de Jesus.
Alguns historiadores, porém, acreditam que o 25 de dezembro pode ter sido escolhido para substituir antigas festividades pagãs romanas realizadas nesse mesmo dia.
Mas o que pouca gente sabe é que, em algumas nações, o Natal acontece só duas semanas depois da data mais difundida no Ocidente.
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De acordo com o National Geographic, o debate sobre a data do nascimento de Jesus começou cedo.
Em 325 d.C., bispos cristãos se reuniram no Primeiro Concílio de Niceia para padronizar as datas religiosas.
Eles adotaram o calendário juliano, criado em 46 a.C., mas esse sistema tinha um erro de cálculo que, ao longo dos séculos, fez essas datas se afastarem do ano solar.
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Em 1582, o Papa Gregório 13 corrigiu esses desvios ao criar o calendário gregoriano, que passou a ser usado pela maior parte do mundo cristão.
A Igreja Ortodoxa, porém, rejeitou essa mudança por diferenças teológicas e históricas. Por isso, continuou seguindo o calendário juliano, que já adiantava o Natal em muitos dias.
A diferença entre os calendários aumentou até atingir 13 dias em 1923, colocando o Natal ortodoxo duas semanas depois do 25 de dezembro.
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Para tentar resolver essa discrepância, líderes ortodoxos se reuniram no Congresso Pan-Ortodoxo de Constantinopla.
O momento também tinha peso político, já que algumas igrejas sofriam pressão de regimes como o soviético, conforme explica o National Geographic.
Na reunião, o cientista sérvio Milutin Milanković apresentou um novo calendário juliano, parecido com o gregoriano.
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Grécia, Chipre e Romênia adotaram a mudança e passaram a celebrar o Natal em 25 de dezembro.
Outros países, como Rússia e Egito, recusaram e mantiveram o Natal em 7 de janeiro, data que mudará para 8 de janeiro em 2100 devido ao avanço contínuo da defasagem.
Os cristãos ortodoxos seguem o chamado Jejum da Natividade, também conhecido como Jejum de 40 dias, que pode começar em 15 ou 28 de novembro, dependendo do tipo de calendário adotado pelo país.
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Entre alguns cristãos do Egito, o fim do jejum chega com o fattah, feito com pão, arroz e carne.
Na Rússia, o prato central é o kutya, um mingau de trigo e arroz compartilhado para simbolizar união.
Já na Etiópia, o Natal é celebrado com o tradicional wat, um ensopado encorpado que costuma incluir frango dividido em 12 partes e acompanhado por 12 ovos, para representar a dúzia de apóstolos.
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Nessa data, é comum ver procissões ao redor das igrejas etíopes, com fiéis cantando e orando em trajes brancos.
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