Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Não parece, mas planeta vermelho é semelhante ao nosso | Imagem: PxHere
No Sistema Solar, Marte é um dos planetas mais parecidos com a Terra, e por isso é o lugar mais importante para a busca de vida alienígena. E o rover Perseverance, que vasculha a superfície do planeta vermelho, acaba de achar novos e fortes vestígios.
Continua depois da publicidade
Mas para quem não é um pesquisador na área da astrobiologia, entender esses vestígios de vida e o que eles significam não é uma tarefa simples. Para tentar simplificar um pouco as coisas, o professor de astrofísica Ersin Göğüş. da Sabancı University, em Istambul, escreveu sobre o assunto.
Entenda o que são os vestígios de vida encontrados em Marte, o que eles significam e por que demoramos tanto tempo para os encontrar.
O planeta vermelho é, em alguns aspectos, muito parecido com o planeta Terra, o que pode favorecer o aparecimento de vida. Por exemplo, o dia em Marte possui 24 horas e 40 minutos, e o ano em Marte dura cerca de dois anos terrestres.
Continua depois da publicidade
Além disso, Marte possui um eixo de inclinação no plano orbital de 25,2°, e o da Terra é de 23,5°. Isso significa que o planeta também possui estações do ano como o nosso, e a sonda Mariner 9 já confirmou que o planeta vermelho já possuiu água líquida em sua superfície no passado.
Nas regiões equatoriais, Marte apresenta um agradável clima de 20°C durante o dia, mas com o cair da noite a temperatura despenca para -70°C. A culpa é da falta de atmosfera, que não permite ao planeta manter o calor que recebe do sol.
Cientistas acreditam que, se Marte possuísse uma atmosfera densa como a da Terra, o clima seria bem mais complexo, como é o nosso, o que favoreceria ainda mais a existência de vida.
Continua depois da publicidade
Mas e se essa vida já tivesse existido, em um passado remoto em que Marte era mais agradável, com água e atmosfera? Com as descobertas do rover Perseverance (perseverança, em português), essa hipótese ganha ainda mais força.
A sonda pousou em 2021 na Cratera de Jazero, local que era um lago há 4 bilhões de anos, e investiga a composição química da superfície desde então. Recentemente, os resultados foram divulgados na revista Nature.
A sonda encontrou uma quantidade anormal de matéria orgânica nas rochas da superfície da cratera, além de minerais como fosfato de ferro, sulfato de ferro e argila oxidada. O que surpreendeu os cientistas foi a existência de “nódulos” com os três elementos.
Continua depois da publicidade
A matéria orgânica encontrada se mostrou mais abundante nas áreas com minerais menos oxidados, e a presença desses compostos juntos se assemelha muito às condições que os cientistas acreditam ter dado origem às primeiras formas de vida no planeta Terra.
Não. Segundo os cientistas, ainda é muito cedo para bater o martelo e dizer que há, ou houve, vida em Marte, mas essas evidências fazem muitos acreditarem que a resposta é sim.
Caso seja confirmada a vida marciana, pesquisadores terão muito trabalho pela frente. Primeiro será preciso entender que forma de vida é essa e como ela se formou. O segundo, e mais árduo desafio, será entender por que a vida desapareceu ao invés de se tornar complexa como a da Terra.
Continua depois da publicidade
As buscas não param, e os cientistas estão cada vez mais ansiosos para encontrar os marcianos.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade