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Essa árvore cresceu em um ambiente extremamente rigoroso | Achim Ruhnau | Unsplash
No noroeste da Argentina, em terras secas e rigorosas do Chaco, cresce uma árvore que há décadas alimenta relatos — e controvérsias — sobre a “madeira mais forte do mundo”.
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Conhecida localmente como guaiacã (ou guayacán, pertencente ao gênero associado à Guaiacum ou a espécies próximas como Libidibia/Schinopsis, dependendo do uso regional),
Sua madeira é famosa pela densidade extrema, durabilidade e cor escura que lembram pedra trabalhada. Pesquisadores e publicações especializadas apontam a madeira como entre as mais pesadas e resistentes à disposição comercial.
A característica que mais chama atenção é a densidade: amostras da madeira do guaiacã são tão pesadas que afundam na água, um sinal claro de densidade superior à da água.
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Esse atributo confere resistência a desgaste, apodrecimento e impacto — qualidades que historicamente tornaram o material valioso para peças que exigem durabilidade, como eixos, ferramentas rústicas e objetos de marcenaria de alto desgaste.
A resposta exige precisão técnica. “Mais forte” pode significar coisas distintas: dureza (resistência a amassados e marcas), rigidez (resistência à flexão) ou resistência à compressão/tensão.
Em escalas de dureza, como o teste Janka — que define a dureza da madeira —, algumas espécies australianas, notadamente a buloke (Allocasuarina luehmannii), e espécies sul-americanas do gênero Schinopsis (conhecidas como quebrachos) aparecem no topo.
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Em termos práticos, porém, o guaiacã figura entre as madeiras de maior densidade e durabilidade conhecidas e é amplamente citado como “uma das mais resistentes do planeta”.
Ou seja: é correto chamá-la de extremamente resistente, mas há outras espécies que reivindicam o pódio dependendo do critério adotado.
Além do valor material, o guaiacã desempenha papel ecológico relevante no bioma chaqueño: fornece abrigo e alimento para fauna local e resiste a décadas de seca e solos pobres, graças ao crescimento lento e às adaptações morfológicas.
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Comunidades rurais e povos locais o reverenciam — sua madeira entrou em rituais e usos tradicionais e tornou-se, em algumas regiões, um símbolo de resistência e identidade cultural.
Projetos de restauração do Chaco também o utilizam em ações de reflorestamento pela capacidade de recuperar áreas degradadas.
A escolha da “madeira ideal” depende do trabalho: para pisos que resistam a marcas, a buloke ou quebracho podem ser melhores; para peças com necessidade extrema de peso, estabilidade e resistência à água, o lignum vitae/guaiacã continua entre as referências históricas.
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Em suma: o guaiacã é, sem dúvida, uma das madeiras mais densas e duráveis do planeta — símbolo de força no Chaco argentino —, mas a afirmação absoluta de “a madeira mais forte do mundo” varia conforme o critério técnico adotado.
Se o interesse for prático (marcenaria, construção ou conservação), vale consultar tabelas de dureza e densidade específicas para a espécie local antes de decidir.
**Texto com informações do portal Motor do Mercado
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