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Controle das baratas começa com prevenção e limpeza constante | Freepik
As baratas são mais do que apenas um incômodo. Segundo o biólogo Matheus Fernandes Viola, doutor em Ecologia, Biodiversidade e Evolução, sua presença é um sinal claro de desequilíbrio ambiental.
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"O controle de baratas, dentro do contexto do Manejo Integrado de Pragas (MIP), baseia-se em um conjunto de práticas preventivas e corretivas que visam tornar o ambiente menos favorável à instalação, reprodução e sobrevivência desses insetos", explica Viola ao prtal UOL.
Mais do que aplicar produtos químicos, o especialista defende que o foco deve estar nas condições que permitem a sobrevivência das pragas.
E é justamente daí que surge o chamado “conceito dos 4 As” — um conjunto de quatro pilares que devem ser aplicados em conjunto para garantir resultados duradouros: Acesso, Abrigo, Alimento e Água.
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O primeiro passo é evitar que os insetos entrem nos ambientes. Isso inclui observar pequenos detalhes e corrigir falhas estruturais.
“No manejo integrado de pragas o controle de baratas inicia-se pela eliminação do acesso, pois antes de qualquer intervenção é essencial impedir que a praga continue entrando ou se deslocando entre ambientes”, afirma o biólogo.
Vedação de frestas, telas em ralos e janelas, além de barreiras físicas em portas, são medidas simples e eficazes.
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Viola lembra que a prevenção começa até mesmo nas compras: “É importante inspecionar sacolas, caixas e embalagens que podem trazer baratas, sobretudo a barata alemã (Blattella germanica) que costuma chegar de carona.”
Após impedir o acesso, o foco deve ser eliminar os locais onde as baratas se escondem e se reproduzem. “A eliminação dos abrigos consiste em eliminar locais que servem de esconderijo, reprodução e depósito de ootecas”, diz Viola.
Esses insetos preferem locais escuros e úmidos, como frestas de móveis, caixas de papelão, motores de eletrodomésticos e áreas sob pias. Reduzir a desordem, remover materiais acumulados e fazer manutenções preventivas são práticas fundamentais.
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Nenhuma praga sobrevive sem alimento. Por isso, o terceiro pilar é manter a higiene constante. “Com menos locais para se instalar, o próximo passo é reduzir a oferta de alimento, uma vez que qualquer resíduo pode sustentar uma colônia”, alerta o especialista.
Lavar a louça antes de dormir, armazenar alimentos em potes vedados e descartar o lixo com frequência são atitudes indispensáveis.
“Ao restringir as fontes de alimentos, o ambiente torna-se menos atrativo e reduz a capacidade de sobrevivência das baratas que ainda persistirem”, afirma Viola.
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O último pilar é o controle da umidade. Sem água, as baratas não resistem por muito tempo.
“Medidas simples como consertar vazamentos, secar pias e bancadas antes de dormir, manter ralos fechados e evitar água acumulada reduzem drasticamente a disponibilidade hídrica”, explica o biólogo.
Resultados duradouros
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De acordo com Viola, o sucesso do método está na aplicação integrada dos quatro pilares.
“Quando esses quatro aspectos são trabalhados de forma integrada, o ambiente se torna menos favorável à instalação e permanência da praga, aumentando a eficácia das intervenções profissionais e reduzindo a necessidade de uso contínuo de inseticidas”, conclui.
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