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As escolhas para cargos importantes da política na era Bolsonaro têm dado o que falar, mas nada, até agora, se compara à ideia do presidente de indicar o próprio filho ao cargo de embaixador nos Estados Unidos. Bolsonaro afirma que aguarda apenas uma resposta do governo norte-americano, antes de enviar ao Senado a indicação de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o posto em Washington.
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Na quinta-feira, Bolsonaro disse não haver impedimento na indicação e que ela atenderia interesse público, uma vez que Eduardo teria boa relação com o governo do presidente Donald Trump.
Na Casa, o presidente disse acreditar que o nome de Eduardo será aprovado, embora tenha previsto que "talvez haja o viés político por parte de alguns".
Apesar de Bolsonaro acreditar na aprovação de seu rebento para o cargo mais importante da diplomacia brasileira, depois de chanceler, há muitas críticas sobre a indicação do presidente, tanto da oposição quanto de apoiadores do
governo.
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Até o guru do atual governo, Olavo de Carvalho, acha que ter o deputado federal como embaixador seria um retrocesso. Janaína Paschoal (PSL-SP), deputada estadual na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), defendeu que Eduardo não troque a Câmara pela embaixada. Paschoal questiona onde ele seria mais útil.
Eduardo, por sua vez, assim como toda a família Bolsonaro, nunca escondeu a admiração e veneração pelos Estados Unidos e ao defender sua indicação como embaixador disse que sabe falar inglês, passou frio no Maine e já fritou até hambúrguer nos EUA.
Já os oposicionistas alegam que Eduardo não tem capacitação para o cargo. O PSOL entrou com uma representação no Ministério Público pedindo que órgão apure a possibilidade de nepotismo.
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A questão do nepotismo pode se tornar evidente quando Bolsonaro afirma que pretende beneficiar o filho em vez de destacar as qualidades de Eduardo para o cargo. O presidente ainda diz que "se puder dar um filé mignon para o meu filho, eu dou".
O nepotismo era um dos assuntos que o presidente sempre trazia à tona e se colocava totalmente contrário durante a sua campanha eleitoral e também ao longo da sua vida política. Um dos "slogans" da família Bolsonaro era justamente o famoso "a mamata acabou".
"Mamata" essa que está longe de acabar e ainda pode levar um deles à embaixada dos Estados Unidos. Ao sonho americano.
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