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Samu faz paralisação parcial em SP

SAÚDE EM SP. Categoria é contra o Plano de Descentralização do serviço anunciado pela Secretaria Municipal da Saúde

Matheus Herbert

Publicado em 02/04/2019 às 01:00

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Funcionários do Samu protestam na Capital contra o Plano de Descentralização da prefeitura / /Divulgação/Sindsep

Uma paralisação parcial de funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atuam na cidade de São Paulo começou ao meio-dia desta
segunda-feira. A categoria é contra o Plano de Descentralização do serviço anunciado pela Secretaria Municipal da Saúde, que propõe a expansão do serviço de 58 para 75 pontos, mas com a extinção de 31 bases. A Secretaria Municipal de Saúde diz que a mobilização é ilegal e que "já tomou as medidas jurídicas cabíveis"

Vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), João Gabriel Buonavita diz que o objetivo do ato é garantir o atendimento de qualidade à população. Ele afirma que o serviço não será interrompido durante a mobilização dos funcionários.

"A nossa preocupação é com as vidas. Com essa mudança, vamos ter equipes em regiões afastadas e de difícil acesso, em ruas estreitas e com circulação constante de pedestres, como acontece nas UBSs [Unidades Básicas de Saúde]. As ambulâncias precisam
de agilidade."

Buonavita diz ainda que não são todas as unidades que têm estrutura para receber as equipes do Samu. "Muitas não têm espaço para higienização dos materiais e troca de roupa, porque é muito comum que os socorristas se sujem com sangue e secreções durante o atendimento. As unidades não foram preparadas para isso."

Ele afirma que, mesmo com a paralisação, o atendimento será mantido e que uma assembleia seria realizada às 14h para definir os rumos da mobilização.

"A nossa orientação é para que se mantenha, no mínimo, 30% do efetivo. Vamos dialogar sobre a situação e a continuidade do movimento. A gente espera que o prefeito Bruno Covas e o secretário [municipal da Saúde] reconsiderem a medida." A categoria conta com cerca de 1.600 trabalhadores, de acordo com o sindicato.

"ATO ILEGAL".

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde classificou o ato como "ilegal" e afirmou que "não medirá esforços para responsabilizar o sindicato e eventuais grevistas por qualquer dano causado à sociedade em função dessa paralisação."

A secretaria informou que o objetivo do Plano de Descentralização é "melhorar o atendimento à população, colocando mais funcionários na escala de serviço do Samu e, consequentemente, aumentando o número de ambulâncias rodando para atender as ocorrências".

A pasta diz que a interrupção do serviço, mesmo que parcial, "pode custar vidas humanas". Disse ainda que adotou medidas logísticas e de segurança para que os servidores possam trabalhar sem interferências.
(EC)

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