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Polícia

Mulher que fugiu nua de motel em SP diz ter visto 'demônio' e pede ajuda

Kauane Tainá Fox contou que entrou em surto após beber e tomar remédio, afirmando ter visto um 'demônio' no motel da zona norte de São Paulo

Maria Eduarda Guimarães

12/11/2025 às 18:20  atualizado em 12/11/2025 às 18:25

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Kauane Tainá Fox foi liberada após pagar R$ 5 mil de fiança

Kauane Tainá Fox foi liberada após pagar R$ 5 mil de fiança | Reprodução

A mulher presa após fugir de um motel em São Paulo sem pagar a conta e cometer várias infrações de trânsito, na segunda-feira (10/11), afirmou ter sofrido um “surto de pânico” ao misturar bebida alcoólica com medicamento controlado.

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Em entrevista ao g1, nesta terça-feira (11/11), Kauane Tainá Fox, de 24 anos, disse que acreditou estar sendo alvo de um golpe por parte das mulheres que a acompanhavam no quarto.

“Comecei a ter uma crise de pânico. Fiquei tão desesperada que chamei a polícia. Depois, achei que a polícia também estava contra mim. Não sabia mais em quem confiar”, contou. 

Segundo Kauane, a confusão começou dentro do Astúrias Motel, na esquina da Rua Pais Leme com a Avenida Nações Unidas, em Pinheiros, zona oeste da Capital.

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Ela afirma que ouviu duas das três mulheres com quem estava dizendo que iriam roubá-la e que havia “motos e um carro esperando na esquina”. Em pânico, acelerou o Jeep Compass branco e rompeu o portão do estabelecimento.

Câmeras de segurança registraram a fuga. Nas imagens, que viralizaram nas redes sociais, Kauane aparece dirigindo nua e na contramão, até ser perseguida por policiais e bater em dois veículos parados na Avenida Vital Brasil, no Butantã, a cerca de dois quilômetros do motel.

“Achei que todo mundo ali estava contra mim. Achei que minha única saída era fugir”, disse.

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A jovem afirmou que o episódio não teve relação com a conta do motel.

“Meu problema não é o dinheiro. Eu tenho condições. Foi um desespero, um surto real. Eu mesma chamei a polícia, achando que estava sendo perseguida”, disse.

Funcionários confirmam “surto”

Funcionários do motel relataram que a mulher chegou a ligar para a recepção dizendo que havia chamado a polícia. Um deles contou ao G1 que tentou se aproximar do carro, mas precisou se afastar.

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“Ela estava em surto. Trancada dentro do carro, falando coisas sem sentido. Deu tempo de eu pular para o lado antes de o veículo avançar”, afirmou o funcionário, que preferiu não se identificar.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que a Polícia Militar foi acionada após “uma cliente tentar deixar o motel sem realizar o pagamento”. Kauane contesta essa versão e diz ter quitado parte da conta, R$ 700 pagos na entrada, enquanto o restante seria dividido entre as outras mulheres.

“Jamais eu quebraria o portão se não estivesse desesperada. Quando você tem uma crise de pânico, acha que vai morrer”, disse.

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Versões divergentes

Uma das mulheres que estavam com Kauane contou ao g1 que o grupo havia se conhecido em uma festa eletrônica do DJ Marco Carola, no domingo (9/11), e decidiu seguir para o motel após o evento.

Ela afirmou ter visto Kauane com um comprimido de ecstasy, embora não saiba se ela chegou a consumi-lo.

“A noite estava ótima, todo mundo se divertindo. De repente, ela começou a falar sozinha, gritar, bater no carro e dizer que estava falando com um demônio. A gente ficou apavorada”, relatou.

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Kauane nega ter usado drogas e diz que apenas bebeu enquanto fazia uso contínuo de Venvanse, medicamento prescrito para transtorno de déficit de atenção (TDAH).

“Quando mistura com álcool, o efeito é muito diferente. Eu nunca fiz mal a ninguém. Agora quero procurar um psiquiatra para cuidar da minha mente”, afirmou.

Fuga, prisão e processo

Após colidir com outros carros, Kauane foi presa em flagrante pela Polícia Militar e levada ao 14º Distrito Policial (Pinheiros).

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A Polícia Civil a indiciou por embriaguez ao volante, direção perigosa, dano ao patrimônio e resistência.

Ela foi liberada no mesmo dia, após pagar R$ 5 mil de fiança.

Em audiência de custódia, a Justiça determinou medidas cautelares, incluindo a suspensão do direito de dirigir, comparecimento mensal ao fórum e proibição de deixar a cidade sem autorização judicial.

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“O fato de ser ré primária e mãe de uma criança de 3 anos foi considerado na decisão”, informou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O caso continua sob investigação.

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