Nova CPI do Jockey Club começa em SP e busca irregularidades

A Câmara de São Paulo instalou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Jockey Club, na tarde desta terça-feira (11/11). Os parlamentares escolhidos vão investigar supostas irregularidades fiscais e tributárias e possível omissão do poder público na situação.

A comissão contará com nove integrantes, de nove partidos diferentes:

• Presidente: Gilberto Nascimento (PL)
• Vice-presidente: Sansão Pereira (Republicanos)
• Relator: Carlos Bezerra Jr. (PSD)
• Outros integrantes: Dheison Silva (PT), Eliseu Gabriel (PSB), Kenji Ito (Podemos), Luana Alves (PSOL), Roberto Tripoli (PV) e Silvinho Leite (União)

Para instalar a CPI, a Câmara aprovou uma alteração no regimento para permitir, excepcionalmente, que até seis comissões funcionem ao mesmo tempo. Até então só eram possíveis cinco concomitantemente.

A nova CPI ganhou força após suspeitas de que o Jockey Club paulistano utilizou irregularmente recursos públicos municipais e federais que foram captados para restauro do patrimônio histórico. O clube histórico da Capital também é alvo de ações de cobrança em razão de quase R$ 1 bilhão em débitos de tributos municipais, como o IPTU.

O ex-presidente da Câmara e atual presidente municipal do União Brasil, Milton Leite, anunciou recentemente que processaria os advogados do Jockey Club após ser chamado de “antropoide desvairado” no pedido de recuperação judicial da entidade.

As outras cinco CPIs em atividade são na Casa são do Metanol, Jardim Pantanal, Pancadões, Íris e HIS (Habitação de Interesse Social). Cada CPI deve durar até 120 dias, podendo ser prorrogada duas vezes por igual período.

Ou seja, há a possibilidade de uma comissão durar quase um ano.