É possível morrer de amor? Cardiologista diz que sim; entenda

Especialista explica quando tristeza profunda se torna uma ameaça ao coração

Em alguns casos, o fim de um relacionamento duradouro pode provocar uma dor tão profunda que o sentimento de morte parece real; mas será que é possível morrer de amor?

Em entrevista para a revista Claudia, o cardiologista Júlio Prestes afirma que sim, é possível morrer de amor.

Essa condição é conhecida como síndrome de Takotsubo, ou síndrome do coração partido, como é conhecida popularmente; quadro, em alguns casos, pode levar à morte quando o abalo emocional é extremo. 

O que é a síndrome do coração partido? A síndrome de Takotsubo é uma disfunção temporária, porém perigosa, do músculo cardíaco.

Ela acontece após um estresse emocional ou físico extremo, como a perda de um familiar, uma separação, um acidente ou até em alguns casos de crise de asma. 

Nesses momentos, o organismo libera uma carga tão grande de adrenalina que pode afetar diretamente o funcionamento do coração, explica Prestes.

Em alguns casos a síndrome pode causar arritmias cardíacas, e em casos mais graves, pode levar a pessoa a óbito. 

Sintomas mais comuns são: dor súbita no peito; falta de ar; palpitações; sudorese; náuseas; perda de consciência.

Quando procurar ajuda? Ao identificar os sintomas informados, a indicação é procurar um médico; apenas com exames laboratoriais e cardiológicos é possível fazer um diagnóstico e iniciar o tratamento. 

Diagnóstico precoce permite que haja um tratamento adequado e eficiente, evitando que a síndrome piore para um quadro mais grave.

Mesmo que nem todas as mortes após eventos traumáticos estejam ligadas à síndrome de Takotsubo, a ciência confirma que a dor de amor pode, sim, ter consequências fatais. Fotos: Pexels

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