Nativa da Mata Atlântica, fruta cresce em árvore de cerca de cinco metros
Algumas frutas são muito raras de se achar, como é o caso da jabuticaba-branca (Myrciaria aureana), também chamada de ibatinga, que significa 'fruta branca' no tupi guarani.
Ela nasce em uma pequena árvore, que alcança cerca de cinco metros de altura, geralmente localizada no coração da Mata Atlântica, especialmente em trechos da Serra da Mantiqueira.
Fruta mais rara do Brasil - ao contrário da jabuticaba tradicional, de casca roxa e gosto característico, a jabuticaba-branca tem a polpa e a casca em um tom de amarelo-esverdeado, mesmo quando já está madura.
Fruta é rica em vitaminas B e C, ferro, fósforo e cálcio e sua polpa é descrita como aquosa e doce, possuindo uma acidez leve; ela pode ser consumida in natura ou processada para a produção de geleias, vinhos, doces e sorvetes.
Além disso, ela é considerada um remédio excelente em muitas comunidades tradicionais, que a classificam como um bom remédio caseiro para tratar a asma e outros problemas respiratórios.
Ameaça de extinção e tentativa de resgate - a jabuticaba-branca é classificada, atualmente, como espécie rara e ameaçada de extinção, exclusiva de ambientes preservados.
Uma série de documentos históricos, junto de registros botânicos, aponta para uma escassez escancarada dos exemplares de jabuticaba-branca.
Na virada para os anos 2000, alguns pesquisadores identificaram a ocorrência de apenas seis árvores silvestres conhecidas da fruta no Brasil.
E o destaque ficou para o território paulista: três delas estão em Guararema, na Região Metropolitana de São Paulo; outras duas estão no Rio de Janeiro e uma outra está em Carmo de Minas, no interior de Minas.
Após a identificação do baixo número de exemplares, os esforços de resgate e multiplicação ganharam força, com um grupo encabeçado pelo fotógrafo Silvestre Silva e o psicanalista Flávio Carvalho Ferraz. Fotos: Pexels/Pixabay (ilustrativas)