Ele não representa risco para humanos e tem papel essencial na natureza
Uma imagem viral de um pé roxo chamou atenção na internet e levantou dúvidas sobre o piolho-de-cobra; é perigoso? A resposta pode surpreender muita gente.
Animal libera uma substância química que pode assustar visualmente, mas não provoca dor ou ferimentos e ainda ajuda no equilíbrio do ecossistema urbano.
Apesar da aparência estranha e do nome que causa arrepios, o piolho-de-cobra também chamado de gongolo não oferece riscos aos humanos; na verdade, ele presta um grande serviço ambiental.
Susto começou com a imagem do pé de uma empresária carioca, que ficou roxo após esmagar um piolho-de-cobra dentro do sapato; caso chamou atenção nas redes sociais e gerou alarme.
Mas, segundo o educador ambiental Matheus Mesquita, o que parece ser um hematoma é apenas uma reação à substância benzoquinona; 'Não é uma lesão, não tem inchaço, não arde', explica o especialista em entrevista ao portal g1.
Essa substância penetra na pele e provoca uma coloração roxa que lembra um machucado, mas não há dor ou sintomas adicionais; é um pigmento que desaparece com o tempo, sem deixar sequelas.
Muitas pessoas confundem o piolho-de-cobra com lacraias ou centopeias; no entanto, são espécies completamente diferentes tanto na aparência quanto no comportamento e toxicidade.
'Lacraias e centopeias são venenosas. Elas têm ferrão, mandíbula, toxina e são mais rápidas. Já os piolhos-de-cobra são menores, mais lentos e inofensivos', esclarece Mesquita.
Gongolo se enrola como forma de defesa e libera a benzoquinona, que é incolor e não provoca dor; mesmo ao ser esmagado, o máximo que pode causar é o pigmento roxo temporário na pele.
Atacar o piolho-de-cobra por achá-lo perigoso é um erro comum; 'Atacar esse bicho achando que ele é perigoso é um erro e pode fazer com que esses animais sumam', alerta Mesquita. Fotos: Pexels