Esquecer nome de alguém não significa que você está desinteressado
Esquecer o nome de alguém logo após uma apresentação é uma situação frequente e que pode gerar certo desconforto.
Mesmo que a pessoa lembre nitidamente do rosto ou de partes da conversa, o nome tende a sumir da memória com rapidez.
De acordo com a psicologia, a dificuldade de guardar nomes está ligada à forma como o cérebro lida com os dados que recebe.
Ao contrário de palavras com significados amplamente reconhecidos, como 'professor' ou 'cachorro', os nomes próprios são rótulos aleatórios, sem significado geral.
Isso faz com que sejam mais difíceis de serem memorizados, sobretudo quando não há associações pessoais ou simbólicas que facilitem sua fixação.
Por que o cérebro tem mais dificuldade com nomes de pessoas? Pesquisadores afirmam que há uma conexão mais fraca entre o som dos nomes próprios e o significado que atribuímos a eles.
Enquanto termos como 'advogado' ou 'cavalo' imediatamente despertam imagens ou ideias, nomes como 'Ana' ou 'João' não trazem associações universais.
Essa fragilidade torna os nomes mais propensos a serem esquecidos, especialmente quando não são repetidos ou ligados a elementos que facilitem sua lembrança.
Muitas pessoas acham que esquecer o nome de alguém significa desatenção, mas isso não é verdade; cérebro costuma priorizar informações que parecem mais relevantes para as necessidades sociais ou de sobrevivência.
Assim, nomes próprios, se não estiverem ligados a algo emocional ou prático, acabam recebendo menos importância.
Dicas - uma delas é criar conexões mentais entre o nome e algum elemento marcante da pessoa, como um traço físico, uma peça de roupa ou uma situação vivida durante o encontro.
Outra técnica eficiente é repetir o nome logo após ouvi-lo, inserindo-o naturalmente na conversa; isso reforça a memória de curto prazo e aumenta as chances de que o nome se fixe.
Com pequenas mudanças na forma de prestar atenção, é possível evitar esquecimentos e tornar os encontros mais agradáveis. Fotos: Pexels