Psicologia explica que isso pode se transformar em uma compulsão silenciosa
Chegar cedo em compromissos é frequentemente visto como um sinal de responsabilidade e organização.
No entanto, a psicologia aponta que a pontualidade extrema pode estar ligada a traços como necessidade de controle, ansiedade e desejo de agradar aos outros.
Este comportamento, embora socialmente valorizado, pode indicar uma tentativa de evitar imprevistos e garantir que tudo ocorra conforme o planejado.
Segundo a especialista em gerenciamento de tempo, Dra. Diana DeLonzor, esses indivíduos tendem a ser mais cautelosos e a imaginar cenários adversos, reservando tempo extra para lidar com possíveis imprevistos.
Essa antecipação pode ser uma estratégia para manter o controle sobre situações incertas; ao se prepararem para o pior, essas pessoas buscam minimizar riscos e garantir que estejam prontas para quaisquer eventualidades.
Psicólogo britânico Oliver Burkeman sugere que chegar muito cedo pode refletir uma tentativa de controlar o tempo e, por extensão, a própria vida.
Essa busca por controle pode ser uma resposta à ansiedade diante da imprevisibilidade do cotidiano; ao chegar cedo, a pessoa sente que está um passo à frente, reduzindo a incerteza.
Chegar cedo também pode ser uma manifestação do desejo de agradar aos outros e evitar conflitos.
Esse comportamento pode levar a um sacrifício das próprias necessidades em prol da aprovação alheia; a pontualidade extrema, nesse contexto, torna-se uma ferramenta para manter relações harmoniosas e evitar críticas.
Tendência de chegar cedo pode ser um hábito profundamente enraizado, possivelmente desenvolvido na infância. Fotos: Pexels