Fóssil localizado no nordeste brasileiro é importante para entender surgimento das formigas
Um fóssil descoberto no interior do Nordeste brasileiro revelou um capítulo surpreendente da história dos insetos.
Trata-se de uma espécie de formiga-infernal que viveu há cerca de 113 milhões de anos, e que agora é considerada a mais antiga já identificada no planeta.
Achado foi feito na chamada Formação Crato, uma área de rochas sedimentares que abrange os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.
Batizada de Vulcanidris cratensis, a espécie faz parte de um grupo extinto de formigas que se destacavam por sua aparência incomum.
As mandíbulas, por exemplo, não se moviam na horizontal, como nas formigas atuais, mas sim para cima e para baixo, lembrando foices articuladas.
Além disso, essas formigas contavam com ferrões e estruturas na cabeça que indicam estratégias de caça bastante agressivas.
Por conta dessas características, foram apelidadas de 'formigas-infernais'; até agora, só haviam sido encontradas em regiões do hemisfério Norte, como Ásia, Europa e América do Norte.
Fóssil nordestino, no entanto, mostra que sua distribuição geográfica era mais ampla do que se imaginava.
Outro detalhe curioso: enquanto outros fósseis dessa subfamília foram achados preservados em âmbar, o exemplar brasileiro foi encontrado em rocha calcária, o que torna sua preservação ainda mais rara e valiosa. Fotos: Pexels (ilustrativas)