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Após ficar abandonado por pelo menos dois anos, CEU na zona norte da capital paulista, deve ser entregue em 2020. Da Reportagem
13/10/2018 às 17:21 atualizado em 18/11/2020 às 18:32
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Abandonada há pelo menos dois anos, a obra do Centro Educacional Unificado (CEU) Freguesia do Ó, ou Clube Escola Freguesia do Ó, na zona norte da cidade, vai ser retomada até o dia 19 de outubro. A informação é da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) da Prefeitura da Cidade de São Paulo, após contato da reportagem da Gazeta de S. Paulo.
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A Gazeta publicou uma reportagem em 20 de setembro em que denunciou as condições das obras do futuro CEU do bairro. O local estava abandonado pelo poder público e virou alvo de furtos e consumo de droga.
“Era para ser um CEU, mas está mais para o inferno”, brincou o aposentado Jurandir Ferreira da Costa, de 62 anos, à época, morador do bairro há mais de uma década. “A turma invade, já roubaram o canteiro e os vizinhos reclamam dos usuários de drogas. Quando fica ao léu assim, não vem coisa boa. Vai se estragando as ferragens, as colunas... E quem paga? Quem paga é a gente”.
De acordo com a Siurb, as primeiras atividades começaram a ser realizadas na semana passada. “As obras do CEU Freguesia do Ó foram retomadas na terça-feira (9) quando começou a contar o prazo de 10 dias para que a construtora responsável contrate os funcionários necessários para execução dos trabalhos”.
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A secretaria também afirmou que o CEU vai contar com equipe de segurança e os serviços de limpeza já foram retomados. O CEU Freguesia do Ó está com 38% de suas obras executadas. O espaço deve ser entregue à população em 2020.
Outros CEUs.
O prefeito Bruno Covas e o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, anunciaram nesta semana a retomada das obras em 12 CEUS, entre os quais o da Freguesia do Ó. Os trabalhos haviam sido interrompidos em 2016 e têm previsão de entrega para 2020.
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“O que vemos aqui hoje é o desperdício do recurso público, porque não há pior obra que a obra parada. Talvez essa não fosse a nossa prioridade, pelo número de crianças que aguardam uma vaga em creche na cidade, mas pior ainda seria abandonar essas obras, só porque elas foram iniciadas na gestão anterior. Esta é uma obra do povo de São Paulo, que paga os seus impostos, que recolhe seus tributos e que antes de ver iniciada uma obra nova quer ver terminado aquilo que foi iniciado”, afirmou Covas.
A iniciativa contará com investimentos de R$ 456 milhões da prefeitura sendo R$ 60 milhões para 2018 e o restante para 2019 e 2020. Os novos equipamentos devem atender mais de 8 mil alunos.
Para o secretário Alexandre Schneider, a retomada das obras só foi possível graças ao uso racional dos recursos públicos. “Nossa prioridade foi investir em creches nas regiões com maior demanda”, explica.
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As obras mais adiantada são a do Parque do Carmo e a da Vila Alpina, com 39% dos trabalhos feitos. A mais atrasada é a do Tremembé/Jardim Joamar, com apenas 1% das obras realizadas.
(Bruno Hoffmann)
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