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Água valiosa no combate ao Covid-19

Dados da ONU mostram que 40% da população mundial não tem como lavar as mãos em casa

20/03/2020 às 01:00  atualizado em 20/03/2020 às 11:09

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O Dia Mundial da Água é celebrado no dia 22 de março

O Dia Mundial da Água é celebrado no dia 22 de março | MRJN Photography/Unsplash

Este ano, o Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, ocorre em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19). Uma das principais recomendações dos órgãos de saúde para evitar o contágio pelo vírus é a lavagem das mãos, o que torna mais urgente repensarmos a forma como utilizamos a água no dia a dia.

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Porém, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm serviços de água potável gerenciados de forma segura e 40% da população mundial, ou 3 bilhões de pessoas, não possuem lavatório com água e sabão em casa.

"Os padrões de consumo adotados atualmente impactam na disponibilidade desse recurso. Se os atuais modelos de produção e consumo forem mantidos, considerando o crescimento populacional esperado para os próximos anos, além da geração de desequilíbrios naturais ocasionados inclusive pelas mudanças climáticas, há o risco de se prejudicar ou até mesmo impossibilitar o abastecimento de residências, hospitais, escolas e indústrias", alerta Bruno Yamanaka, analista de conteúdos e metodologias do Instituto Akatu.

Reuso: uma alternativa interessante

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Condomínios comerciais e residenciais têm recorrido cada vez mais à água de reuso para regar jardins e lavar garagens, poupando, assim, água potável e reduzindo gastos ao final do mês. Captada por meio de infiltração, processos de fabricação industrial, banho, entre outros, o reuso pode diminuir em 50% a conta de água, segundo Maria Claudia Buarraj el Khouri, da administradora de condomínios Graiche.

Adotar a prática, contudo, exige a avaliação de um especialista para examinar o local, instalar os reservatórios, encanamento e as torneiras específicas.

Foi exatamente o que fez Paulo Sergio Werneck, síndico do condomínio Alameda Morumbi, onde moram 1600 pessoas, na zona Sul de São Paulo. "Com a crise hídrica que São Paulo enfrentou em 2015, vimos nosso jardim secar e a sujeira nas áreas comuns aumentar, devido à proibição de lavar calçadas com água da rede pública. Como havia uma grande quantidade de água proveniente da drenagem do terreno e da rede pluvial, que passava por nosso condomínio, resolvemos utilizar esta água para uso não potável. A análise da água demonstrou que seria necessário um tratamento simples e então providenciamos a instalação de um sistema onde a água é filtrada, clorada e posteriormente armazenada para utilização na lavagem do piso das áreas comuns e irrigação dos jardins do condomínio. A rede de distribuição desta água de reuso é separada da rede de água potável e conta com torneiras com cadeados para evitar uso indevido. Somente a equipe de manutenção e limpeza possui acesso a estas torneiras", diz.

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Segundo Paulo, no primeiro ano de utilização da água de reuso, foi possível notar uma economia na conta em torno de R$ 40 mil, em relação ao ano anterior.

Vilões do desperdício

A média do consumo diário de água, recomendada pela ONU, é de 110 litros por habitante. Entretanto, em São Paulo, revela a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o consumo diário por habitante é de 132 litros, e costumava chegar a 161 litros, antes da crise hídrica em 2014. Dentre os vilões do desperdício, a Companhia destaca:

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• O chuveiro;

• A mangueira aberta enquanto se esfrega o piso ou lava o automóvel;

• A torneira aberta enquanto se escova o dente ou faz a barba;

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• Vazamentos;

• Ligações irregulares de água.

“Depois da crise hídrica de 2014, com a conscientização da população, os hábitos mudaram bastante. Contudo, no geral, ainda é no banho que se consome mais água”, disse a Sabesp, por meio de nota enviada à Gazeta.

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