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A bordo do Apocalipse

Anfavea analisa a crise causada pela pandemia do coronavírus no mercado automotivo brasileiro e aponta saídas para voltar às atividades

16/05/2020 às 01:00  atualizado em 18/05/2020 às 10:41

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Luiz Carlos Moraes, da Anfavea, associação dos fabricantes

Luiz Carlos Moraes, da Anfavea, associação dos fabricantes | /Divulgação

Se os números de vendas de abril divulgados na semana passada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) foram alarmantes, a reunião mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) com a imprensa - via teleconferência - para a divulgação dos resultados da produção e das exportações do quarto mês do ano teve um caráter quase de "arrasa quarteirão". Foi o pior desempenho do setor em toda a sua história no país. Com quase todas as fábricas paradas ao longo do mês, apenas 1.847 veículos foram produzidos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, uma queda de 99% ante março de 2020 e de 99,4% sobre o mesmo período do ano passado. As vendas, mais animadoras, foram resultado de emplacamento de modelos estocados nas fábricas e nas concessionárias, ofertados ao público por meio da internet, pois a maior parte das revendas também mantiveram suas portas fechadas.

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Fábrica da Volkswagen em Taubaté (SP); queda na produção de veículos leves em março foi de 99%

"Nada será como antes", prevê Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, quando questionado sobre como ficará o setor depois de passada a pandemia. Para Moraes, é preciso em primeiro lugar proteger a saúde dos empregados da cadeia automotiva e dos consumidores e, ao mesmo tempo, encontrar meios para o Brasil não entrar em uma recessão tão grave que possa levar o país a um colapso. "Isso exige um engajamento coordenado de toda a sociedade e também do Estado brasileiro, com foco absoluto na saúde e na economia. Não é hora de ruídos políticos como os que estão vindo de dentro do Governo Federal. Eles só desviam as atenções do que realmente interessa à população brasileira no momento de uma crise sem precedentes", afirma Moraes. O único indicador positivo é o nível de empregos diretos na indústria, até o momento estacionado em um patamar acima dos 125 mil na soma das 26 associadas à Anfavea.

A entidade não admite ficar parada e estuda programas de retorno às atividades, elaborando protocolos de combate à pandemia da Covid-19. "Devemos ficar unidos. Os cuidados e procedimentos contra a proliferação do coronavírus para reabertura das fábricas e das concessionárias devem ser únicos e objetivos, tomados conjuntamente pela Anfavea e pela Fenabrave", enfatiza Moraes.

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Linha de produção da fábrica da Honda em Itirapina/SP

Entre janeiro e abril de 2020, os carros e comerciais leves somaram 587,7 mil unidades fabricadas, um recuo de 39,1% em relação a 2019. Nos caminhões, foram montadas 25,1 mil unidades, bem distante (-26,5%) das 34,2 mil do acumulado de 2019. Naturalmente, as vendas somadas dos quatro primeiros meses de 2020 foram garantidas pelo desempenho da indústria de janeiro a meados de março.

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