Blindados usados disparam no Brasil e podem esconder riscos caros

O número de carros blindados no País cresceu 32% nos últimos dois anos, e muitos desses modelos ganharam espaço no mercado de veículos usados e seminovos. Os dados são da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin), que estima existir cerca de 400 mil veículos blindados no País.

Com a invasão dos modelos blindados no mercado, comprar um seminovo ou usado se torna uma opção tentadora. A qualidade do serviço de blindagem, no entanto, pode afetar diretamente o valor do carro.

O maior desafio na hora de adquirir um veículo blindado é verificar o histórico de manutenção da blindagem. O primeiro passo é confirmar se o serviço foi realizado em uma blindadora autorizada pelo Exército Brasileiro.

Empresas homologadas pelas montadoras ou cadastradas na Abrablin oferecem mais segurança. Desconfiar da qualidade da blindagem é essencial, pois não é possível avaliar se o serviço foi bem ou mal executado somente pela aparência do veículo.

Outro ponto importante é verificar se o carro não sofreu algum sinistro (acidente). Batidas na lataria podem comprometer as mantas de aramidas, fibras sintéticas usadas na blindagem, e outras proteções balísticas, conhecidas como opacas, que devem ser substituídas após impactos.

Além disso, existem as proteções transparentes aplicadas nos vidros do automóvel. Elas podem sofrer desgastes ao longo do tempo, incluindo delaminações, que é o descolamento entre as lâminas de vidro e o policarbonato.

É recomendável levantar o histórico completo de manutenção, não apenas das revisões regulares e preventivas do carro, mas também das revisões da blindagem, que devem ocorrer a cada 10 mil km ou pelo menos uma vez ao ano.

Uma das recomendações dos especialista é adquirir o veículo usado e, se necessário, fazer a blindagem posteriormente. No caso de um carro seminovo já blindado, é fundamental fazer uma análise detalhada do histórico de manutenção antes da compra.