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Esse espaço desperta fascínio em quem passa pelo local | Reprodução/YouTube
O Coliseu da Fernão Dias é considerado um dos cenários mais curiosos e inusitados às margens da rodovia que liga São Paulo a Minas Gerais.
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Localizado em Mairiporã, na Grande São Paulo, entre o vaivém de caminhões e carros que cruzam diariamente a BR-381, um espaço cercado por alambrados revela um acervo improvisado de veículos antigos, empilhados ou abandonados sob o sol e a chuva.
Apelidado popularmente de “cemitério de carros”, o local desperta a imaginação de quem passa e causa curiosidade em turistas e amantes de automóveis, mesmo sem permitir visitas.
A paisagem lembra um coliseu moderno, não de arenas romanas, mas de carrocerias enferrujadas que contam histórias de décadas passadas.
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Muitas dessas máquinas já testemunharam estradas longas, viagens familiares ou serviços intensos nas cidades. Hoje, repousam como relíquias de um Brasil sobre rodas, formando um mosaico de épocas, estilos e modelos.
Por se tratar de uma construção abandonada e sem manutenção, o acesso ao público não é autorizado, reforçando o caráter misterioso do espaço.
O “Coliseu da Fernão Dias” fica às margens da BR-381, num ponto estratégico de Mairiporã, atraindo olhares de quem trafega entre o interior paulista e o sul de Minas Gerais.
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Ao contrário de depósitos comuns, ele se destaca pela concentração e organização visual dos carros, criando um efeito quase artístico que só pode ser observado de fora.
A denominação “Coliseu” surgiu entre caminhoneiros e viajantes, que associaram a disposição circular ou centralizada dos veículos ao formato das antigas arenas romanas.
Com o tempo, o nome pegou e passou a ser usado por curiosos que documentam locais incomuns pelo Brasil.
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Por ser uma estrutura abandonada, o espaço não está aberto a visitas. Apesar disso, mantém o apelo cultural involuntário graças ao seu aspecto singular, que não passa despercebido por quem trafega pela região.
Entre as carrocerias amassadas e oxidadas, encontram-se exemplares que marcaram época, como picapes da década de 1970, fuscas clássicos e sedãs de montadoras nacionais e estrangeiras.
Muitos desses modelos hoje seriam considerados raridades para colecionadores, embora estejam em estado de completo desgaste.
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O tempo deixou sua marca: pintura desbotada, vidros quebrados e pneus totalmente inutilizados.
Mas para observadores atentos, cada veículo carrega memórias de estilos de design, tecnologias e hábitos de mobilidade da população brasileira. É como folhear um álbum de fotos, só que feito de lataria e ferrugem.
A diversidade também impressiona. Há automóveis populares que dominaram o mercado e utilitários robustos usados no transporte de carga, todos misturados num cenário que congela diferentes períodos da história automotiva.
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Mesmo sem acesso liberado, o Coliseu tornou-se um ponto de interesse para quem aprecia fotografia urbana ou paisagens incomuns.
Muitos registros feitos por viajantes circulam na internet, desde imagens panorâmicas que mostram a dimensão do acervo até close-ups revelando detalhes enferrujados, captados à distância.
Para fotógrafos, o jogo de cores dos metais corroídos e a composição caótica das peças criam oportunidades únicas de enquadramento. O contraste entre o movimento da rodovia e a imobilidade dos carros reforça o caráter poético do lugar.
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Não raro, curiosos estacionam brevemente para observar de longe algum modelo que marcou sua juventude. Essa visão provoca nostalgia e curiosidade, mesmo sem contato direto com o interior do espaço.
Por trás do fascínio visual, há discussões sobre o impacto ambiental do acúmulo de veículos. Componentes como óleo, combustível residual e metais pesados podem oferecer riscos à vegetação e ao solo se não houver controle adequado.
Especialistas alertam para a importância de procedimentos corretos de descarte e reciclagem de peças. A destinação irregular pode gerar passivos ambientais e problemas legais para os responsáveis pelo terreno.
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A condição de abandono, porém, sugere que muitos desses veículos aguardam processos burocráticos ou logísticos para remoção ou reaproveitamento.
Mesmo sem a chancela oficial de patrimônio cultural, o Coliseu da Fernão Dias figura no imaginário popular como um marco da BR-381. Ele registra, de forma espontânea, a trajetória de modelos que ajudaram a circular bens, pessoas e sonhos pelas estradas brasileiras.
O apelido reforça um aspecto simbólico: assim como os coliseus guardam histórias de heróis e disputas, este cemitério de carros conserva memórias de milhares de viagens. É uma narrativa silenciosa, escrita em aço.
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Para quem cruza Mairiporã pela Fernão Dias, observar o local é como encontrar um museu a céu aberto, visível apenas pelas grades e alambrados, onde cada peça é testemunha de uma época distinta. É história pura, contada pelo acaso.
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