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Ford Territory | Luiza Kreitlon/AutoMotrix
Em outubro do ano passado, uma nova geração do Territory chegou às concessionárias brasileiras da Ford. Lançado no Brasil em 2020, o utilitário esportivo médio importado da China vinha em uma trajetória discreta de vendas e fechou 2023 com 1.324 emplacamentos, uma média de 110 unidades mensais.
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Este ano, já com visual novo, as comercializações encerraram o primeiro semestre em 2.338 unidades, o que dá uma média mensal de 390 emplacamentos um crescimento de mais de 250%.
O resultado é que, com apenas nove meses no mercado, o modelo novo do Territory já tornou-se mais fácil de encontrar nas ruas brasileiras. Um dos fatores que embalaram a demanda pelo renovado SUV médio, que continua a ser importado da China, mas agora somente na versão "top" Titanium e sem opcionais, é o preço.
O modelo é oferecido desde o lançamento da nova geração por R$ 209.990, com um pacote de equipamentos bem completo um valor abaixo da primeira geração, que encerrou sua trajetória no Brasil com preço de tabela de R$ 219.390.
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A atual etiqueta de preço mantém o SUV chinês competitivo em relação aos principais concorrentes apontados pela Ford os Jeep Compass Série S, que parte de R$ 236.990, e Commander Limited, de R$ 240.990, ambos produzidos em Goiana (PE).
Na mesma faixa de preços dos Jeep estão dois híbridos plug-in chineses bons de vendas: o GWM Haval H6 PHEV19, oferecido por R$ 239.000, e o BYD Song Plus DM-i, por R$ 239.800.
O Territory também enfrenta rivais com valores mais próximos como o Volkswagen Taos Highline 250 TSI, feito na Argentina, de R$ 210.990, e o híbrido Toyota Corolla Cross Hybrid, produzido na cidade paulista de Piracicaba, que começa em R$ 213.010.
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E há ainda adversários mais baratos como os Caoa Chery Tiggo 7 Pro Max Drive, que parte de R$ 169.990, e Tiggo 8 Max Drive, com sete lugares, a partir de R$ 179.990, ambos produzidos em Catalão (GO).
A primeira geração do Territory era uma adaptação do Yusheng S330, da fabricante chinesa JMC. Já o Territory de segunda geração, lançado no ano passado, passou a ser um desenvolvimento global que incluiu a engenharia da Ford América do Sul a partir de outro SUV da JMC, o Equator Sport.
Do modelo antigo, restou apenas o nome. Posicionado na linha da Ford abaixo do mexicano Bronco Sport, que parte de R$ 257.800, o atual Territory exibe um porte maior em comparação ao antigo tem 4,63 metros de comprimento (cinco centímetros a mais), 1,70 metro de altura (três centímetros a mais) e um entre-eixos de 2,72 metros (um centímetro a mais), mantendo a largura de 1,93 metro.
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Em termos de comprimento, o Territory posiciona-se estrategicamente entre os rivais da Jeep no segmento de SUVs médios o Compass, com 4,40 metros de comprimento, é 23 centímetros mais curto, e o Commander, com 4,77 metros, é 14 centímetros mais longo.
Na atual geração, o SUV da Ford ganhou "presença em cena" e apresenta uma redução na quantidade de cromados que tornou seu conjunto mais elegante em relação ao anterior. A grade é larga, em estilo "bocão", com um acabamento que remete a escamas de peixe.
O esquema de faróis é dividido em dois, com "day light" alongado em leds, assim como o conjunto óptico seguem o padrão dos SUVs norte-americanos e europeus da Ford, como o Escape e o Kuga. A traseira traz lanternas horizontais longilíneas.
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As elegantes rodas aro 19 de cinco raios calçam pneus 235/50. O modelo é oferecido nas cores Azul Metálico (a do carro testado), Cinza Catar, Branco Bariloche, Marrom Roma, Preto Toronto e Vermelho Vermont, sem interferência no preço.
Dentro, o painel de instrumentos digital tem 12,3 polegadas, o mesmo tamanho do multimídia sensível ao toque com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
Em termos de segurança, há controle de cruzeiro adaptativo com stop&go, monitor de ponto cego, freio de estacionamento eletrônico, controles de estabilidade e tração AdvanceTrac, assistente de partida em rampa e de permanência em faixa, câmera 360 graus com Bird-Eye View (simulação de visão aérea), sensores de estacionamento, sistema de estacionamento automático e alerta de iminente colisão frontal com frenagem autônoma de emergência. Se nada disso der certo, são seis airbags de série (frontais, laterais e cortina).
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O motor do Territory permanece sendo um 1.5 turbo a gasolina EcoBoost, mas passou a trabalhar com ciclo Otto em lugar do ciclo Miller do modelo anterior. Foi recalibrado e ganhou potência e torque saiu dos 150 cavalos e 22,9 kgfm da geração anterior para 169 cavalos e 25,5 kgfm na atual.
E a antiga transmissão CVT com 8 marchas simuladas dá lugar a uma caixa automatizada de dupla embreagem e 7 marchas.
Com um aspecto elegante e tecnológico do habitáculo, o Territory revela um padrão de acabamento e de montagem superior ao do modelo anterior, que não era ruim. Os espaços são amplos, tanto nos assentos dianteiro quanto nos traseiros.
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O túnel central é praticamente plano e facilita a vida de quem senta no meio do banco de trás e há saídas de ar-condicionado para a traseira. Revestidos em um polímero que simula couro, os bancos dianteiros são ventilados e têm ajustes elétricos (são dez posições para o motorista e quatro para o passageiro da frente).
Há material macio ao toque nas quatro portas e o painel apresenta revestimento emborrachado, com apliques que imitam costuras duplas. O teto solar panorâmico elétrico, que é de série no o utilitário esportivo médio chinês, aumenta a percepção de amplitude a bordo.
Imitação de madeira em detalhes e o console central em preto brilhante reforçam o estilo. Abaixo do câmbio giratório ficam os botões para o freio de estacionamento, Auto Hold, sistema de estacionamento automático e start-stop. O porta-malas de 448 litros traz abertura e fechamento elétricos.
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A central multimídia tem tela "touchscreen" de 12,3 polegadas, modos de exibição personalizados e conexão sem fio com Apple CarPlay e Android Auto. Há carregador sem fio para celular no console.
O painel de instrumentos digital personalizável também tem 12,3 polegadas e está unido ao multimídia em uma moldura única, dando a impressão de formarem uma tela só em um esquema que remete a modelos recentes da Mercedes-Benz e a algumas marcas chinesas.
Como é comum em alguns modelos atuais, o conceito de concentrar os comandos na tela do multimídia eventualmente atrapalha o uso. No Territory, é o caso do controle da temperatura do ar-condicionado.
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Quando o botão para mudar a temperatura é apertado, a central multimídia exibe um menu do ar-condicionado, se sobrepondo ao mostrado na tela anteriormente, como os mapas do GPS. Quando inoportuna, tal interferência pode levar o motorista ao caminho errado.
Enquanto o motor da geração anterior com potência de 150 cavalos e torque de 22,9 kgfm era é mais focado na eficiência energética do que na esportividade, no atual Territory, os 169 cavalos a 5.500 rpm e 25,5 kgfm de 1.500 a 3.500 rpm dão conta de mover os 1.705 quilos do SUV médio com performances mais convincentes.
Esportividade não é o foco do modelo, mais direcionado para o conforto. Mas a força do conjunto é suficiente para ultrapassar com segurança. Segundo a Ford, a aceleração de zero a 100 km/h pode ser feita em 10,3 segundos, com a máxima limitada eletronicamente em 180 km/h.
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O "turbo lag" (retardo da entrada do turbo) que tornava um tanto tedioso o comportamento dinâmico do modelo anterior, praticamente sumiu. Agora, as respostas ao acelerador são mais espertas.
Fica evidente que a transmissão automática DCT de 7 velocidades, com dupla embreagem e banhada a óleo, mostra muito mais eficiência que o CVT com 8 marchas simuladas do modelo anterior. As trocas automáticas são suaves.
Não há possibilidade de mudanças sequenciais algo que poderia ser interessante no SUV da Ford. Os modos de direção "Normal", "Eco", "Serra/Colina" e "Sport", acionados via multimídia, ajudam a adequar as respostas do "powertrain" às diferentes demandas que surgem pelo caminho.
O sistema stop&go desliga o motor em paradas para reduzir o consumo. O conjunto suspensivo oferece boa absorção das imperfeições do piso, enquanto o silêncio a bordo impressiona. A carroceria elevada aderna um pouco nas curvas, sem gerar incômodos.
Com ABS e distribuição eletrônica (EBD), os freios a disco nas quatro rodas (dianteiro ventilado e traseiro sólido) são bastante eficazes e contam com um bom suporte dos pneus 235/50R19. Se no asfalto o comportamento agrada, arriscar nas trilhas pode não ser tão recomendável, pois o Territory não tem opção 4x4 a tração é dianteira.
Motor: 1,5 litro turbo EcoBoost a gasolina, ciclo Otto, com 4 cilindros, 16 válvulas e injeção direta de combustível
Potência: 169 cavalos 5.500 rpm
Torque: 25,5 kgfm de 1.500 a 3.500 rpm
Transmissão: automática DCT (dupla embreagem banhada a óleo) de 7 velocidades
Tração: dianteira
Direção: elétrica (EPAS)
Carroceria: utilitário esportivo médio de 4 portas para 5 pessoas
Dimensões: 4,63 metros de comprimento, 1,70 metro de altura, 1,93 metro de largura (com espelhos, 2,17 metros) e 2,72 metros de entre-eixos
Peso: 1.705 quilos
Capacidade do porta-malas: 448 litros / 1.422 com o banco traseiro rebatido
Pneus: 235/50R19
Capacidade do tanque de combustível: 60 litros
Preço: R$ 209.990 (não há opcionais)
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