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Modelo traz DRL em pixels, interior modernizado, ADAS e opções Flex e diesel de até 200 cv | Gabriel Dias/Flashmotors
Não foi ela quem inventou o segmento de picapes originadas de SUVs – as chamadas intermediárias, colocadas entre as compactas e as médias –, mas foi a Fiat Toro que tomou conta do pedaço, assumindo a liderança de vendas da categoria desde seu surgimento, em 2016 – sempre produzida em Goiana (PE).
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Na linha 2026, a Toro apresenta novos detalhes no design inspirados por tendências que priorizam linhas retas, precisas e geométricas. Ao mesmo tempo, o modelo preserva sua identidade e o valor emocional de seu design único, especialmente na frente e na tampa bipardida da caçamba, com abertura vertical.
Com novos equipamentos e visual mais imponente e sofisticado, a Toro 2026 veio para sedimentar sua liderança e conquistar mais clientes. O único “senão” fica por conta do novo desenho da grade frontal, que parece um passo atrás e gerou algum debate entre seus fiéis aficionados.
A Toro ganhou atualizações pontuais por fora, começando pelas luzes de circulação diurna (DRL), elemento que marca a picape da Fiat desde sua estreia, agora, com novo desenho em assinatura de pixels segmentados. A tal nova grade em formato trapezoidal é cortada por linhas retas e verticais.
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O conjunto de faróis permanece full-led e posicionado acima das novas saídas de ar nas extremidades do para-choque, tornando o aspecto da dianteira da picape mais largo e imponente, reforçado pelo novo “skid plate”, também alargado.
Atrás, novas lanternas full-led seguem a assinatura em formato de pixels segmentados, com aparência mais afilada e moderna. A maçaneta de abertura da caçamba passou a ter formato “wide”. Assim como na dianteira, as saídas de ar são posicionadas nas extremidades para salientar a largura da picape.
Também referência em desempenho, a Toro 2026 permanece com dois conjuntos de motorização: o turbo T270 Flex e o 2.2 Turbodiesel, sendo a única de seu segmento a ter motor a diesel em suas faixas de preço.
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Com o motor T270, a picape entrega 176 cavalos de potência e 27,5 kgfm de torque, equipando as versões Endurance, Freedom, Volcano e Ultra.
No MultiJet 2.2 Turbodiesel, que tornou a Toro mais potente e econômica e equipa as variantes Ranch (do modelo testado) e Volcano, a picape oferece 200 cavalos e 45,9 kgfm, um ganho de 18% na potência e 29% no torque em comparação ao antigo motor 2.0 a diesel das Toro anteriores.
Em termos de conteúdo, a topo de linha Ranch oferece freio de estacionamento eletrônico, USB dianteiro e traseiro tipo A/C, direção com assistência elétrica, cluster digital de 7 polegadas, banco do motorista com ajustes elétricos, coluna de direção rebatível e telescópica, airbags frontais, laterais e de cortina, “auto hold”, “paddles shifters” no volante para trocas sequenciais, volantes em couro, ar-condicionado digital dual zone, rack longitudinal, faróis de neblina de led, maçanetas das portas e retrovisores na cor da carroceria, rodas de 18 polegadas escurecidas, TBM (conectividade) com NAV, sensor de estacionamento traseiro e dianteiro, câmera de ré, carregador sem fio, apoio de braço dianteiro e traseiro e kit de alta tecnologia (sensor de chuva e crepuscular, espelho interno eletrocrômico, lâmpadas de poça e “tilt down”.
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Entre itens de conforto e segurança, o modelo testado – a Toro Ranch – contava ainda com luzes ambiente de led, entrada e partida sem chave, central multimídia de 10,1 polegadas, AEB (frenagem autônoma de emergência) com LDW (alerta de saída de faixa) e AHB (comutação automática do farol alto), capota rígida, bolsa de carga, santantônio integrado e cromado, retrovisores externos cromados, estribos cromados, bancos de couro com acabamento marrom, emblemas externos nas portas dianteiras, emblema interno, acabamentos internos escurecidos e externos cromados, bordado nos bancos dianteiros e tapetes em carpete.
As mudanças feitas no interior na linha 2026 deixaram a Toro mais tecnológica e sofisticada. Entre as principais estão o painel digital de 7 polegadas com nova grafia e fontes, o novo desenho da alavanca de câmbio, o freio de mão eletrônico (sempre bem-vindo, reforçando a modernidade do veículo), o “auto hold” – cuja função mais importante é garantir tranquilidade nas arrancadas e subidas –, e as novas USBs dianteiras e traseiras com entradas para cabos tipos A e C.
Um dos incômodos nos primeiros momentos a bordo é encontrar uma posição mais confortável de dirigir, quase sempre ficando mais alta do que o ideal, apesar de o banco do motorista ter ajustes elétricos. O ponto é compensado pelas boas regulagens de altura e distância do volante.
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A tela vertical da central multimídia de 10,1 polegadas, posicionada no centro da cabine, pode causar estranheza a algumas pessoas, mas é uma questão de gosto, rapidamente assimilada por motorista e passageiro.
O tamanho das centrais de multimídia na picape intermediária da Fiat varia conforme a versão. Na Ranch, além das 10,1 polegadas, há espelhamento wireless para Android Auto e Apple CarPlay, permitindo que as principais funções do smartphone sejam conectadas ao dispositivo sem necessidade de fios.
A marca italiana atualizou os pacotes de serviços do Fiat ConnectMe, estreando suas mudanças justamente na Toro 2026. No período de gratuidade de até seis meses, a Fiat oferece o pacote Premium com Wi-Fi embarcado e o pacote Essential com funcionalidades gratuitas por até cinco anos e possibilidade de atualizações remotas de software, informações e status de manutenção e revisões do veículo.
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Com ele, o cliente tem à disposição chamada automática de emergência, assistência mecânica 24 horas, central de serviços conectados, alerta de furto e assistente de recuperação veicular, agendamento online, alertas de condução, extensão para “smartwatch”, assistente virtual, localização do veículo pelo app, operações remotas, alcance dinâmico e atualização remota do mapa, busca por pontos de interesse, navegação em 3D, tráfego e radares em tempo real. Tudo na Toro Ranch é intuitivo e de fácil compreensão.
Impressões ao dirigir
Sinais indeléveis de modernidade
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Porto Alegre – Com 4,95 metros de comprimento, 1,84 metro de largura, 1,67 metro de altura e 1.945 quilos de peso, a Toro Ranch é o veículo que melhor aproveita o motor Multijet 2.2 Turbodiesel – também utilizado em versões da Fiat Titano, da Ram Rampage e do Jeep Commander.
Com o câmbio automático de 9 marchas, também encontrado nos outros três modelos da Stellantis, e a tração integral, a Toro Ranch “faz chover” com um “powertrain” para lá de confiável, com 200 cavalos de potência a 3.500 rotações por minuto e 45,9 kgfm de torque a 1.500 rpm.
Segundo a Fiat, a Toro acelera de zero a 100 km/h em 9,8 segundos e pode chegar à velocidade máxima de 201 km/h. Desenvolvido especificamente para as necessidades do Brasil, o motor Multijet 2.2 Turbodiesel traz o melhor da tecnologia da Stellantis, com cabeçote de alumínio e duplo comando de válvulas, coletor de admissão variável, injeção de diesel de alta pressão, turbocompressor de geometria variável, intercooler ar-água e duplo circuito de refrigeração.
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O alto som do propulsor percebido na cabine é um efeito colateral típico dos motores a diesel – normal, mas ainda assim um pequeno inconveniente.
Dinamicamente, a Toro é extremamente segura em dirigibilidade, desenvoltura e frenagens. Isso se deve, em parte, aos discos traseiros agora presentes nas versões a diesel da linha 2026.
Os sistemas ADAS – AEB, assistente de permanência em faixa e farol alto automático – trabalham bem, mas a ausência do ACC (controle de cruzeiro adaptativo) permanece inexplicável.
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Seu estilo e soluções de acabamento sempre estiveram entre os destaques, ajudando a forjar a forte identidade da Toro. Comparada aos concorrentes ¬– Rampage, Ford Maverick, Renault Oroch e Chevrolet Montana –, ou mesmo à “irmãzinha” Fiat Strada, a Toro parece ser menor em tamanho.
E isso é positivo: a equipe de design da Fiat encontrou um ponto de equilíbrio visual que mantém a picape moderna e marcante. Em termos de consumo, o PBEV do Inmetro registra 10,5 km/l em condução na cidade e 13,6 km/l na estrada.
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