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A ascensão do Fusca coincidiu com o governo de Juscelino Kubitschek, que lançou o programa "50 anos em 5" para acelerar a modernização do Brasil. | Reprodução IA
O Fusca, conhecido historicamente como o "carro do povo" pela sua simplicidade e fácil manutenção, trilhou um caminho notável no mercado automobilístico brasileiro.
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Este veículo da Volkswagen, que já foi acessível nos anos 1990, agora alcança valores que conseguem superar o preço de muitos modelos zero quilômetro, tornando-se um verdadeiro objeto de desejo entre colecionadores e entusiastas.
A título de comparação, um Fusca Itamar novo saía da concessionária por cerca de R$ 7.200 em 1994, mas hoje, se esse valor fosse corrigido pela inflação, ele chegaria a aproximadamente R$ 62 mil.
Consequentemente, a trajetória do Fusca demonstra a força de um carro simples que conseguiu transcender sua função original, tornando-se um ícone valorizado.
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A história do Fusca em solo brasileiro começou no final da década de 1950, quando trinta unidades do que era chamado de Volkswagen Sedan desembarcaram no porto de Santos, segundo o livro O Almanaque do Fusca.
Graças ao empenho do diretor da Brasmotors, José Bastos Thompson, que viu potencial no modelo, a Volkswagen da Alemanha foi convencida a apostar no mercado nacional.
As primeiras unidades foram rapidamente vendidas, e três anos depois o carro já era montado em São Paulo com peças vindas da Alemanha.
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Ademais, já nos anos 1960, o apelido "Fusca" ganhou força, derivando de "Volks" ou "Fuca", e a própria Volkswagen oficializou a nomenclatura no final daquela década, reconhecendo o apelo popular.
A ascensão do Fusca coincidiu com o governo de Juscelino Kubitschek, que lançou o programa “50 anos em 5” para acelerar a modernização do Brasil.
O incentivo à indústria nacional foi fundamental para a consolidação da Volkswagen, que em dez anos de funcionamento já havia produzido 380 mil carros no País.
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Em seguida, percebemos que o Fusca se adaptava perfeitamente à realidade brasileira: o carro resistia às estradas esburacadas e possuía consumo baixo em comparação aos enormes carros norte-americanos que dominavam o mercado.
Além disso, ele oferecia manutenção simples, ideal para oficinas que ainda não estavam totalmente estruturadas na época.
A década de 1970 ficou marcada como a "Era do Fusca", época em que ele chegou a representar 40% das vendas de automóveis no país, com média de 200 mil unidades por ano.
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Nesse período, a Volkswagen passou a exportar o modelo brasileiro para 62 países, transformando o Fusca em um produto global.
No entanto, com a chegada de novos modelos da própria Volkswagen, como Gol, Voyage e Parati, que ofereciam mais conforto e espaço interno, o Fusca começou a perder competitividade.
Dessa forma, após quase três décadas de produção nacional e por não conseguir mais competir, a fabricação do Fusca no país cessou em 1986.
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Apesar do declínio inicial, o Fusca mostrou que ainda tinha fôlego e popularidade, afinal. A pedido do então presidente Itamar Franco, a Volkswagen retomou sua fabricação em 1993, resultando no famoso "Fusca Itamar", apelido que ficou para sempre.
Ele preservava a essência do modelo clássico, mantendo a mecânica simples e o design quase inalterado desde os anos 1930.
O modelo "Fusca Itamar" foi produzido até 1996 e, em 1994, seu preço de tabela era competitivo, fixado em R$ 7.200, valor que permitiu a muitas famílias realizarem o sonho do carro zero.
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Hoje, portanto, o Fusca segue superando, em valor de mercado, o preço de muitos veículos novos, provando sua permanência como um clássico inesquecível.
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