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Renault Kwid ousado

Versão Outsider do Renault Kwid se torna o quinto automóvel mais vendido do Brasil

11/01/2020 às 01:00  atualizado em 11/01/2020 às 12:00

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Renault Kwid Outsider

Renault Kwid Outsider | Luiza Kreitlon/AutoMotrix

Em 2019, a Renault desbancou a Ford e assumiu o posto de quarta marca que mais vende automóveis no país, atrás da líder Chevrolet, da Volkswagen e da Fiat. Dos 239.227 Renault vendidos no ano passado, 85.117 eram Kwid. Em 2018, o Renault mais vendido do país já havia se tornado o sétimo carro mais emplacado do Brasil, com média de 5.610 unidades mensais. Em 2019, com a elevação da média para 7.093 emplacamentos por mês, o Kwid deixou para trás os Volkswagen Gol e Polo assumiu a quinta posição no ranking de modelos mais vendidos. Uma novidade que ajudou a embalar a arrancada do menor dos Renault surgiu em maio, com o lançamento de versão topo de linha Outsider, que se uniu às outras três configurações anteriormente oferecidas - Life, Zen e Intense -, incorporando aprimoramentos de estilo e de conectividade.

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Com seus exíguos 3,68 metros de comprimento,1,58 metro de largura, 1,47 metro de altura e 2,42 metros de entre-eixos, o Kwid é um hatch subcompacto que aparenta ser maior graças à altura elevada da suspensão e às formas protuberantes. Ladeada por faróis alongados, a grade remete às dos utilitários esportivos da Renault em todo o mundo. Nela, sobre duas travessas horizontais com elementos vazados que lembram elos de uma corrente, se apoia o logotipo losangular, recortando a tampa do capô. Na traseira, o aspecto de SUV é ressaltado pelo revestimento preto na área abaixo da tampa do porta-malas e pelo aerofólio.

Macaque in the trees
O motor do Renault Kwid Outsider é um 1.0 flex com três cilindros, 12 válvulas e transmissão manual de cinco marchas

O motor do Kwid Ousider é o mesmo 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) com três cilindros, 12 válvulas, duplo comando de válvulas (DOHC), que move o restante da linha, acoplado à transmissão manual de 5 marchas. Rende 70 cavalos com etanol e 66 cavalos com gasolina a 5.500 rpm e torque de 9,8 kgfm com etanol e 9,4 kgfm com gasolina a 4.250 giros. Além do dispositivo que sugere a troca de marchas (GSI) no quadro de instrumentos, o Kwid traz um indicador de estilo de condução abaixo do velocímetro. O modelo obteve nota A nos testes de consumo de combustível do Inmetro e pode ostentar o Selo Conpet de Eficiência Energética - com gasolina, consume 14,9 km/l na cidade e 15,6 km/l na estrada, e com etanol, 10,3 km/l no ciclo urbano e 10,8 km/l no rodoviário.

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A versão Outsider preserva a altura elevada do solo (18 centímetros) e os bons ângulos de entrada (24 graus) e de saída (40 graus) - que, segundo a legislação brasileira, permitem que o Kwid se encaixe na categoria dos utilitários esportivos. Como principal inovação, a versão traz de série o Media Evolution, central multimídia com tecnologia Android Auto e Apple CarPlay, que permite usar Spotify, Waze, Google Maps (Android Auto) e reproduzir áudios de WhatsApp na tela de 7 polegadas "touchscreen" capacitiva, com melhor precisão do toque. A tela também mostra as imagens da câmera de ré - curiosamente, a lente da câmera traseira fica "camuflada" no centro da logomarca na tampa do porta-malas.

Externamente, o Kwid Outsider recebe skis - elementos prateados na parte inferior dos para-choques, que ajudam a direcionar o fluxo de ar - na dianteira e na traseira, barras de teto - que são apenas decorativas e não servem para levar carga -, proteções laterais, molduras do farol de neblina na cor preta, além de adesivações com o logo "Outsider" nas portas dianteiras. Como em todas as outras versões, na Outsider, as rodas são de aço e aro 14 polegadas, mas levam calotas pretas. No interior, o nome da configuração aparece bordado no encosto dos bancos dianteiros com detalhes alaranjados, que também surgem nos bancos traseiros, nas portas, no volante e no pomo da alavanca de câmbio.

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A central multimídia do Outsider tem uma tela de 7 polegadas touchscreen e acessa celulares Android e Apple

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A Renault Kwid Outsider traz de série airbags frontais e laterais, dois Isofix, direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, abertura elétrica do porta-malas e chave dobrável. O preço da versão Outsider é R$ 45.390, porém, está sendo oferecida atualmente com um desconto de R$ 2 mil, por R$ 43.390, na cor Branco Neige, a do modelo testado. As outras cores disponíveis (Laranja Ocre, Marfim, Prata Etoile, Preto Nacré e Vermelho Fogo) acrescentam R$ 1.450 à fatura.

Entre a razão e a emoção

Embora o marketing que envolveu o lançamento do Kwid e especificamente da versão Outsider valorize a emoção, o carrinho se sai melhor quando avaliado dentro de uma proposta de utilização mais racional. O foco na relação custo/benefício e a nota A nos testes de consumo do Inmetro reforçam tal percepção, juntamente com os indicadores de troca de marchas e de estilo de condução, que estimulam um gerenciamento mais racional do combustível. A versão Outsider não passou por mudanças mecânicas e não apresenta nenhuma inovação no comportamento dinâmico. O tricilíndrico SCe 1.0 de 12 válvulas é o mesmo que move os outros Kwid e obtém 70 cavalos e 9,8 kgfm de torque com etanol. Como pesa apenas 806 quilos nessa versão, o subcompacto até facilita a tarefa do trem de força, mas não chega a oferecer esportividade. O câmbio manual de 5 velocidades tem engates razoavelmente precisos.

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O Outsider tem uma altura do solo de 18 centímetros, o que o caracteriza como utilitário esportivo na legislação brasileira

O ajuste mais rígido da suspensão, necessário para evitar que um carrinho estreito e curto com a suspensão tão elevada aderne demasiadamente nas curvas, acaba sacrificando um pouco o conforto. Todavia, apesar da opção pela suspensão mais rígida, as rolagens de carroceria são perceptíveis. Os estreitos pneus aro 14 não ajudam muito em termos de estabilidade e não há controle eletrônico de estabilidade ou de tração. Ou seja, não se trata de um veículo com proposta de direção radical. Em compensação, a altura elevada do conjunto representa boa desenvoltura em lombadas e valetas. O tamanho diminuto da carroceria e a direção elétrica facilitam na hora de manobrar ou de estacionar em vagas apertadas, com o efetivo auxílio da câmera de ré. Na prática, o modelo é melhor aproveitado na cidade ou para viagens curtas, mais coerentes com sua proposta urbana.

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