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Veículos com mais de 30 anos e alto grau de originalidade podem receber a placa preta, um selo histórico que garante prestígio e vantagens exclusivas. | Joseph Silva/Gazeta
Se você é apaixonado por carros antigos, provavelmente já ouviu falar da “placa preta”. Mais do que um item estético, ela é uma certificação de autenticidade que transforma um automóvel em patrimônio histórico sobre rodas. Mas você sabe o que ela significa e como obtê-la?
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A placa preta é o ápice da preservação automotiva no Brasil. Criada para reconhecer veículos que mantêm suas características originais, ela representa um selo de qualidade e respeito à história da indústria automobilística.
Obter esse distintivo, no entanto, não é simples. O processo envolve avaliação minuciosa e critérios técnicos, o que torna o título ainda mais cobiçado entre colecionadores e restauradores.
A placa preta foi instituída em 1998 pela Resolução nº 56 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) e é concedida a veículos com mais de 30 anos que preservam sua originalidade. Ela indica que o automóvel pertence à categoria de “Veículos de Coleção”.
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Mais do que um símbolo de status, a placa preta serve como um registro histórico, garantindo que o veículo seja reconhecido como parte do patrimônio automotivo brasileiro.
Para conseguir o reconhecimento, o carro precisa manter grande parte de suas peças originais — motor, pintura, interior e até os acabamentos internos. Essa exigência reforça a importância da preservação fiel ao projeto de fábrica.
Além do prestígio, a placa preta oferece vantagens práticas ao proprietário. Em muitos estados brasileiros, o veículo com essa certificação é isento do IPVA e tem regras de circulação diferenciadas.
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Outros benefícios incluem:
Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), esses veículos também podem ser dispensados de inspeções obrigatórias e restrições de rodízio em algumas cidades, devido ao seu caráter especial.
Para receber a placa preta, o carro passa por uma vistoria rigorosa feita por clubes de automóveis antigos credenciados ao Denatran. Esses clubes utilizam uma pontuação que mede o nível de originalidade e conservação do veículo.
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Em geral, o automóvel precisa manter pelo menos 80% de suas características originais para ser aprovado. O laudo leva em conta pintura, motor, câmbio, acabamento interno e até acessórios de época.
Se aprovado, o veículo recebe um Certificado de Originalidade e pode solicitar a nova placa junto ao Detran. É um processo técnico, mas também emocional — uma conquista para quem vê no carro mais do que um meio de transporte.
O processo pode parecer burocrático, mas é simples se você seguir a ordem correta. Confira o passo a passo:
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Em caso de modificações pequenas — como substituição de peças por falta de reposição original —, os avaliadores consideram se a alteração mantém a aparência e o desempenho originais.
Ter a placa preta é uma conquista, mas também uma responsabilidade. A manutenção constante e o cuidado com a originalidade são fundamentais para preservar o status do veículo.
O carro deve ser guardado em local protegido e submetido a revisões periódicas para garantir que não perca pontos de originalidade com o tempo. O uso de peças paralelas ou modificações pode resultar na perda do certificado.
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Alguns especialistas recomendam até o registro fotográfico detalhado do automóvel, que ajuda a comprovar o estado de conservação em futuras inspeções.
Mais do que um documento, a placa preta é uma homenagem à história automotiva. Ela simboliza o compromisso de preservar o design e a engenharia que marcaram gerações.
Para muitos colecionadores, cada detalhe restaurado é uma forma de reviver o passado e manter viva a memória do automobilismo brasileiro.
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Obter a placa preta é, portanto, mais do que um reconhecimento técnico: é o reflexo de uma paixão que atravessa décadas e acelera corações — mesmo quando o motor já é de outro tempo.
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