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TWI do pneu: como identificar e a hora certa de trocar por segurança

Segurança nas estradas começa com pneus em bom estado; veja como avaliar

Leonardo Sandre

14/05/2025 às 16:45  atualizado em 14/05/2025 às 16:47

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Entender como identificar o TWI do pneu e saber a hora certa de trocar por segurança não é apenas uma questão de conformidade com a legislação, mas um pilar fundamental para a prevenção de acidentes

Entender como identificar o TWI do pneu e saber a hora certa de trocar por segurança não é apenas uma questão de conformidade com a legislação, mas um pilar fundamental para a prevenção de acidentes | Artem Podrez/Pexels

A segurança na condução de qualquer veículo, seja carro ou moto, está intimamente ligada ao estado dos pneus. Um componente crucial para monitorar essa condição é o indicador TWI (Tread Wear Indicator), que sinaliza o limite de desgaste do pneu.

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Entender como identificar o TWI do pneu e saber a hora certa de trocar por segurança não é apenas uma questão de conformidade com a legislação, mas um pilar fundamental para a prevenção de acidentes.

Este artigo detalha o que é o TWI, como localizá-lo e interpretá-lo, os riscos associados a pneus desgastados e quando a substituição se torna imperativa para garantir sua proteção e a de terceiros.

O que é o indicador TWI e qual o limite de desgaste legal do pneu?

O TWI, sigla para Tread Wear Indicator (Indicador de Desgaste da Banda de Rodagem), é um recurso de segurança presente na maioria dos pneus. Trata-se de pequenas elevações de borracha, comumente barras, localizadas transversalmente dentro dos sulcos principais da banda de rodagem do pneu.

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A função primordial do sistema é servir como um alerta visual claro de que o pneu atingiu o seu limite mínimo de profundidade de sulco seguro para operação.

De acordo com a legislação de trânsito brasileira, especificamente a Resolução CONTRAN nº 558/80 (atualizada por resoluções posteriores, como a Resolução CONTRAN nº 913/2022), a profundidade mínima dos sulcos dos pneus de veículos automotores não pode ser inferior a 1,6 milímetros.

Rodar com pneus abaixo desse limite, popularmente conhecidos como "pneus carecas", compromete seriamente a segurança e pode acarretar multas e apreensão do veículo.

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Quando a superfície da banda de rodagem se desgasta e atinge o mesmo nível da barra do TWI, isso indica que o pneu alcançou esse limite crítico. Os sulcos são essenciais para:

  • Escoar a água em pistas molhadas, prevenindo a aquaplanagem;
  • Garantir a aderência adequada ao solo;
  • Manter a estabilidade e dirigibilidade do veículo.

Como identificar o TWI no pneu e os riscos de rodar com pneus carecas

Identificar o indicador TWI é um procedimento simples, mas vital para a manutenção preventiva do seu veículo.

Siga estes passos:

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  • Localize as marcações na lateral;
  • Procure na parede lateral (flanco) do pneu por marcações que indiquem a posição dos TWIs. Estas podem ser a sigla "TWI", um pequeno triângulo ou, em alguns casos, o logo do fabricante. Geralmente, existem de quatro a seis dessas marcações distribuídas ao redor da circunferência do pneu;
  • Encontre as barras nos sulcos: siga a direção apontada pela marcação lateral para dentro da banda de rodagem. Você encontrará uma pequena barra de borracha elevada no fundo de um dos sulcos principais. Este é o TWI;
  • Avalie o desgaste: observe a altura da banda de rodagem em relação à barra do TWI. Se a banda de rodagem estiver visivelmente mais alta que o TWI, o pneu ainda possui vida útil. Se a banda de rodagem estiver no mesmo nível ou muito próxima da altura do TWI, o pneu atingiu o limite de desgaste e deve ser substituído imediatamente.

Rodar com pneus desgastados, ou seja, com os sulcos abaixo do limite indicado pelo TWI (1,6 mm), acarreta diversos riscos significativos, como:

  • Aumento do risco de aquaplanagem: com sulcos rasos, a capacidade de escoamento de água diminui drasticamente, fazendo com que o pneu perca contato com o solo em pistas molhadas.
  • Redução da capacidade de frenagem: a distância de frenagem aumenta consideravelmente, tanto em piso seco quanto molhado.
  • Perda de aderência e estabilidade: o veículo pode se tornar instável em curvas e manobras, aumentando o risco de perda de controle.
  • Maior probabilidade de furos e estouros: pneus desgastados são mais vulneráveis a danos por objetos na pista.
  • Infrações de trânsito: conduzir veículo com pneu careca é infração grave, resultando em multa e pontos na CNH, além da possível retenção do veículo.

Outros sinais e dicas de manutenção ao trocar o pneu

Embora o TWI seja o principal indicador para a troca, outros fatores e sinais de alerta devem ser considerados para determinar a hora certa de substituir os pneus, garantindo a máxima segurança:

Desgaste irregular

Se o pneu apresenta desgaste maior em uma área específica (bordas, centro ou em pontos isolados), isso pode indicar problemas de alinhamento da direção, balanceamento das rodas, pressão incorreta ou falhas na suspensão.

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Mesmo que o TWI não esteja totalmente exposto em toda a banda, o desgaste irregular compromete a segurança e exige a verificação da causa e, frequentemente, a troca do pneu.

Danos visíveis

Bolhas na lateral, cortes profundos, rasgos, deformações ou exposição da lona interna são danos estruturais que comprometem a integridade do pneu e exigem substituição imediata, independentemente da profundidade dos sulcos.

Envelhecimento (validade)

Pneus têm uma vida útil, mesmo que não atinjam o limite de desgaste. A borracha resseca e perde suas propriedades com o tempo devido à exposição a intempéries e ozônio.

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A maioria dos fabricantes recomenda a inspeção anual por um profissional após cinco anos de uso e a substituição preventiva após, no máximo, dez anos da data de fabricação (DOT), mesmo que aparentem bom estado. A data de fabricação (semana e ano) está estampada na lateral do pneu.

Frequência de furos

Pneus que sofreram múltiplos reparos, especialmente na banda de rodagem, podem ter sua estrutura comprometida.

Para prolongar a vida útil dos pneus e manter a segurança:

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Calibragem

Verifique a pressão dos pneus semanalmente ou quinzenalmente, com eles frios, seguindo as recomendações do manual do veículo.

Alinhamento e balanceamento

Realize esses serviços periodicamente, conforme indicado pelo fabricante do veículo ou sempre que houver impacto forte nas rodas, troca de pneus ou sinais de desgaste irregular.

Rodízio de pneus

Faça o rodízio dos pneus conforme orientação do manual do veículo para promover um desgaste mais uniforme.

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Inspeção visual regular: crie o hábito de verificar visualmente os pneus em busca de desgastes, danos ou objetos encravados.

Monitorar o indicador TWI e a profundidade dos sulcos é essencial para saber a hora certa de trocar os pneus do seu veículo, mas a atenção à segurança deve ir além.

Substituir os pneus no momento adequado não é um gasto, mas um investimento direto na sua segurança, na dos passageiros e na de outros usuários da via, garantindo melhor dirigibilidade, frenagem eficiente e prevenindo acidentes.

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Manutenção é essencial

A inspeção regular para identificar desgastes irregulares, danos estruturais e o respeito ao prazo de validade dos pneus são práticas igualmente cruciais.

Priorize a manutenção preventiva e consulte um especialista sempre que tiver dúvidas sobre a condição dos seus pneus.

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