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Procuradores da República em Sergipe protestaram por cerca de duas horas na sede do órgão | /MPF/SE/Ascom/Divulgação
Lideranças do Ministério Público Federal realizaram atos no País nesta segunda (9), em defesa da independência e da autonomia da instituição e contra a indicação de Augusto Aras para a Procuradoria-Geral da República. A escolha do presidente Jair Bolsonaro ignorou a lista tríplice proposta pela associação da categoria.
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Em discurso em Brasília, o primeiro colocado da lista tríplice, subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, afirmou que "preocupa a visão de que o procurador-geral da República precisaria ter um programa alinhado ao governo" e acrescentou que "não se pode conceber o Ministério Público Federal a serviço de qualquer dos outros poderes da República". Bonsaglia afirmou que a lista tríplice do MPF tem um papel importante de fazer um "contrapeso ao poder do chefe do Executivo de escolher o procurador-geral da República".
Além dele, discursaram também a segunda colocada da lista tríplice, subprocuradora-geral Luiza Frischeisen, o presidente da principal associação da categoria, Fabio George Nóbrega, e o ex-procurador-geral Claudio Fonteles. O tom era de preocupação com o futuro da instituição. Havia previsão de atos para mais 15 Estados no País, incluindo o Sergipe e o Paraná, neste último onde procuradores da Lava Jato se manifestaram. Bolsonaro indicou para a PGR o baiano Augusto Aras, de 60 anos, que optou por não disputar uma vaga na lista tríplice. O anúncio, na quinta(5) , causou reação da categoria. O nome ainda precisa passar ser aprovado pelo Senado Federal, após sabatina, ainda sem data marcada.
O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fabio George Nóbrega, afirmou que o ato não era contra nomes, mas a favor de princípios.
(EC)
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