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Nesta segunda-feira foram registrados incêndios em casas, saques a lojas e gangues nas ruas nas cidades de La Paz e Santa Cruz | /JUAN KARITA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A renúncia de Evo Morales, após três semanas de protestos contra sua reeleição e depois de perder o apoio das Forças Armadas, deixa um vácuo de poder na Bolívia, onde no momento ninguém sabe quem comanda o país.
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Nesta segunda-feira foram registrados incêndios em casas, saques a lojas e gangues nas ruas nas cidades de La Paz, capital do país, e Santa Cruz. Também ontem comandante geral da polícia, Vladimir Yuri Calderón, renunciou, após os incidentes violentos.
A Constituição prevê que a sucessão começa com o vice-presidente, depois passa para o titular do Senado e depois para o presidente da Câmara dos Deputados, mas todos eles renunciaram com Evo.
As renúncias do vice-presidente Álvaro García, da presidente e do vice-presidente do Senado, Adriana Salvatierra e Rubén Medinacelli, e do titular da Câmara dos Deputados, Víctor Borda, criaram uma situação de incerteza e vazio sobre a cadeia de sucessão constitucional.
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Neste cenário, a segunda vice-presidente do Senado, a opositora Jeanine Añez, reivindicou o direito de assumir a presidência da Bolívia.
"Ocupo a segunda vice-presidência e na ordem constitucional me corresponderia assumir este desafio com o único objetivo de convocar novas eleições", afirmou Jeanine em uma entrevista ao canal Unitel.
Um governo de transição, insistiu ela, será para renovar o Tribunal Supremo Eleitoral e convocar eleições, em um prazo de 90 dias, segundo a Constituição.
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A senadora também defendeu a convocação de sessões do Congresso bicameral, o mais rapidamente possível, "para considerar a renúncia dos primeiros mandatários". Também é necessário - de forma prévia - uma sessão de senadores para elegê-la no cargo de presidente. Para isso, Jeanine deverá obter um "consenso dos movimentos cívicos" que pediram nas ruas a renúncia de Evo.
Consequências.
Evo Morales renunciou no domingo, pressionado por militares, policiais e pela oposição, que exigiram que deixasse o cargo que ocupava desde 2006 com o objetivo de pacificar o país.
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"Renuncio a meu cargo de presidente para que (Carlos) Mesa e (Luis Fernando) Camacho não continuem perseguindo dirigentes sociais", disse Evo em Cochabamba, em discurso exibido pela TV, em referência aos líderes opositores que o acusaram de fraude nas eleições de 20 de outubro.
(EC e GSP)
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