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Segundo os advogados Rafael Fagundes, Nilo Batista e Rafael Borges, a peça do procurador Wellington Divino Marques de Oliveira é um "devaneio acusatório, completamente dissociado da realidade dos fatos"
24/01/2020 às 01:00 atualizado em 24/01/2020 às 12:17
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A denúncia sustenta que o jornalista ENTITY_quot_ENTITYauxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasõesENTITY_quot_ENTITY | /LULA MARQUES/FOTOS PÚBLICAS
A defesa de Glenn Greenwald apresentou na quarta-feira (22) uma petição para que o juízo da 10.ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal rejeite a denúncia apresentada contra o jornalista no âmbito da Operação Spoofing - investigação sobre invasão de comunicações de autoridades, entre elas o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato no Paraná.
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Segundo os advogados Rafael Fagundes, Nilo Batista e Rafael Borges, que assinam o documento, a peça do procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, do Ministério Público Federal em Brasília, é um "devaneio acusatório, completamente dissociado da realidade dos fatos".
A denúncia, divulgada na terça-feira, sustenta que o jornalista do The Intercept Brasil "auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões".
Além do jornalista, a peça abarcou os seis alvos da Spoofing: Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", Gustavo Henrique Elias dos Santos, Thiago Eliezer Martins, Danilo Marques, Suelen Priscila de Oliveira e Luiz Henrique
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Molição. A denúncia do procurador Wellington Divino foi feita com base no áudio de um diálogo entre o hacker Luiz Henrique Molição e Glenn, encontrado durante análise de um computador apreendido na casa de "Vermelho", suposto líder do "grupo de Araraquara" - município onde parte dos suspeitos reside.
Para Wellington Divino, a atitude do jornalista durante a conversa com Molição caracteriza "clara conduta de participação auxiliar no delito, buscando subverter a ideia de proteção a fonte jornalística em uma imunidade para orientação de criminosos".
Para a defesa, "não é possível extrair qualquer tipo de atividade delituosa" dos diálogos registrados na denúncia. Os advogados de Glenn alegam que a conversa entre jornalista e fonte é protegida pelo sigilo constitucional e que não poderia ser utilizada como prova, por conta da decisão dada em agosto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes.
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