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Entidade global afirma que doença ainda está localizada na China, mas não descarta mudança de posição em breve | /KIN CHEUNG/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quinta-feira (23) que é "muito cedo" para declarar o surto de infecções pelo novo coronavírus chinês uma emergência de saúde pública de interesse internacional. A decisão, anunciada na tarde desta quinta-feira foi tomada pela direção da entidade após a consulta a um comitê formado por especialistas de todo o mundo. O novo vírus já infectou mais de 500 vítimas na China, das quais 17 morreram. A maioria dos casos foi registrada na província de Hubei, onde se localiza a cidade de Wuhan.
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De acordo com o presidente do comitê de emergência, Didier Houssin, o grupo ficou dividido, mas a visão que prevaleceu foi a de que não é hora de declarar emergência por causa do número limitado e localizado de casos e pelas medidas que já estão sendo tomadas para que o surto não se espalhe.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, acatou a recomendação do comitê de não declarar emergência e ressaltou, em entrevista coletiva, que dos 584 casos já confirmados, 575 foram identificados na China, o que mostra o caráter localizado do surto. "É uma emergência na China, mas ainda não se transformou numa emergência de saúde global", disse. A entidade afirmou que o comitê pode se reunir novamente quando necessário e que a decisão pode ser revista a medida que a situação epidemiológica for mudando.
Segundo o Regulamento Sanitário Internacional da OMS, acordo legal que envolve 196 países, uma emergência de saúde pública de interesse internacional é definida como "um evento extraordinário determinado que constitui um risco de saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e por potencialmente exigir uma resposta internacional coordenada".
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Muitos países já adotaram medidas para controlar a expansão do vírus. As medidas incluem a criação de zonas especiais exclusivas para passageiros vindos da China, o uso de câmeras térmicas para identificar pessoas com alta temperatura corporal e, até mesmo, o fechamento de fronteiras. No Brasil, O governo federal entrou em alerta para o risco de transmissão da doença. De acordo com o governo, o país entrou no nível de alerta é 1, que é inicial, em uma escala que vai de 1 a 3. O nível mais elevado é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional. A pasta descartou, no entanto, a existência de casos suspeitos no País.
O ministério diz já ter notificado a área de portos, aeroportos e fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as medidas de prevenção à entrada do coronavírus no País. A área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde também foram notificadas para seguir as medidas recomendadas pela OMS.
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