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COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

No Senado, ministro da Educação minimiza erros no Enem e Sisu

Abraham Weintraub minimizou as falhas em exames e disse que governo sofre "chuva de fake news"

Bruno Hoffmann

Publicado em 12/02/2020 às 01:00

Atualizado em 12/02/2020 às 10:41

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou nesta terça-feira de audiência no Senado / /MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Educação, Abraham Weintraub participou nesta terça-feira (11) de audiência na Comissão de Educação do Senado para prestar esclarecimentos sobre os erros no Enem. O ministro minimizou as falhas no exame e no Sisu e disse que governo sofre "chuva de fake news". Além disso, Abraham sugeriu que o problema que marcou a edição mais recente do exame também pode ter ocorrido em anos anteriores.

Ele voltou a falar que a última edição do exame foi a melhor de todos os tempos. "Eu não prometi que seria, mais foi o melhor Enem de todos os tempos. Não estou falando que não teve nenhum erro, que foi perfeito", disse.

"Não houve fraude, furto de prova, vazamento de questão, esquema com gráfica, nada do que caracterizava o Enem dos passados", diz. Mesmo sem apresentar provas, Weintraub disse que o erro mesmo ocorrida na edição 2019 "provavelmente ocorreu" em anos anteriores.

O ministro havia dito que o Enem 2019 havia sido o melhor de todos os tempos mas no dia seguinte assumiu os erros com notas do Enem. O governo informou que 5.974 candidatos tiveram notas divulgadas com erros e depois o desempenho foi corrigido.

Nesta terça-feira, Weintraub disse que, desses 5.974 participantes com erros nas notas, 874 eram candidatos treineiros (que ainda não terminaram o ensino médio). A nota dos treineiros ainda não foi divulgada.

O Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que reúne as vagas de instituições que usam a nota do Enem para selecionar alunos, acumulou uma série de falhas. O último erro foi na transmissão da relação de aprovados a partir da lista de espera, o que atrasou a convocação por parte das universidades federais.

Aos senadores, Weintraub disse que compareceu à audiência para "quebrar um pouco a chuva de fake news que nos deparamos". O ministro disse que se manteve em silêncio nesse período por causa das ações judiciais com questionamentos do Enem e insistiu que não houve prejuízo a nenhum participante.

A falha na última edição teve o maior número de afetados diretos desde 2010. Há um histórico de erros no Enem desde 2009, mas o MEC não comete falhas com um número tão elevado de afetados desde 2010. Além disso, o tipo de problema registrado foi inédito na história do exame.

De acordo com Weintraub, foi ele mesmo que identificou as reclamações sobre notas nas redes sociais e repassou ao Inep. "Antes de abrir o Sisu já havíamos detectado o erro e nós avisamos a imprensa, comunicamos as pessoas", disse.

RENÚNCIA

O Centro Acadêmico da faculdade do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ia pedir nesta terça-feira a renúncia dele ao cargo em uma dura nota de repúdio. Esta é a segunda investida do Centro Acadêmico Visconde de Cairu (Cavac), da Faculdade de Economia e Administração (FEA- USP), contra o ministro. Em maio do ano passado, assembleia dos estudantes declarou Weintraub como persona non grata.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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