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Fernando Haddad, Ciro Gomes e Guilherme Boulos são alguns dos nomes que assinaram o texto
30/03/2020 às 15:52
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"Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia", diz o documento | /Marcos Corrêa/PR
Diante de atuações contrárias a Bolsonaro, líderes governamentais da esquerda se uniram em um manifesto a favor da renúncia do cargo de presidente do Brasil. De acordo com o texto, a saída voluntária de Jair Bolsonaro seria “menos custosa” ao País.
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Segundo eles, o processo de impeachment poderia paralisar o Congresso e o país no combate à doença. Confira um trecho do documento:
"Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de saúde pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo".
Líderes como: Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; PDT, Carlos Lupi; PC do B, Luciana Santos; PSB, Carlos Siqueira; PSOL, Juliano Medeiros, e PCB, Edmilson Costa, além de outras lideranças da esquerda como o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) e os ex-senadores Roberto Requião (MDB-PR) e Manuela D'Ávila (PC do B-RS) assinam o documento.
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De acordo com Boulos, este é o primeiro passo da nova unidade da esquerda e mais iniciativas virão.
Os líderes da esquerda propõem uma séria de medidas de um Plano Emergencial de Ação: reforço às medidas de redução do contato social, criação de leitos de UTI e importação em massa de testes e equipamentos de proteção, implementação da renda básica permanente para trabalhadores desempregados e informais, suspensão da cobrança de tarifas de serviços para a população de baixa renda, proibição de demissões com o socorro do Estado aos setores mais prejudicados via financiamentos subsidiados e criação de um imposto sobre grandes fortunas.
No documento, os políticos cobram medidas do Congresso, governadores, prefeitos e Ministério Público, excluindo Bolsonaro das articulações para conter os danos econômicos da pandemia.
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“É dever de governadores e prefeitos zelarem pela saúde pública, atuando de forma coordenada, como muitos têm feito de forma louvável. É também obrigação do Ministério Público e do Judiciário deter prontamente as iniciativas criminosas de um Executivo que transgride as garantias constitucionais à vida humana. É dever de todos atuar com responsabilidade e patriotismo", afirma o documento.
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