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Durante sua posse como novo ministro, Milton Ribeiro prometeu maior diálogo e ensino público laico | Isac Nóbrega/PR
O Ministério da Educação tem o seu mais novo ministro. Na última quinta-feira (16), o pastor presbiteriano Milton Ribeiro tomou posse e se tornou o quarto a ocupar a chefia do MEC em um ano e meio do governo Bolsonaro. Durante sua posse, Ribeiro prometeu maior diálogo e disse que, mesmo sendo pastor, assume compromisso pela laicidade do ensino público.
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“Tenho a formação religiosa, meu compromisso que assumo hoje ao tomar posse está bem firmado e localizado em valores constitucionais da laicidade do estado e do ensino público", disse Ribeiro.
Entre os principais desafios do novo ministro estão a volta das aulas presencias em escolas e universidades em meio à pandemia e a questão do Fundeb, o Fundo de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Básico, que se extingue no fim de 2020, se não for renovado. O Fundeb é uma das principais fontes de dinheiro para o ensino básico e um novo modelo será discutido no Congresso.
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Milton é pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração de Santos, tem graduação em Teologia e Direito e é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Ele foi vice-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre 2000 e 2003, e não tem experiência em gestão pública.
O novo ministro tem apoio do grupo evangélico mais ideológico ligado ao governo Bolsonaro. Com a escolha, o governo tenta dar um caráter técnico à escolha de Ribeiro para o MEC, que estava sem ministro desde 18 de junho, quando Abraham Weintraub foi demitido do cargo. No fim do mês passado, o professor Carlos Alberto Decotelli foi nomeado, mas pediu demissão antes de tomar posse, por inconsistências no currículo.
DIÁLOGO.
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Ribeiro afirmou que pretender "abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educadores". O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse esperar ver o entendimento entre o novo ministro e os vários setores da Educação. "Com toda certeza, a chegada de um ministro voltado para o diálogo, usando a sua experiência e querendo o melhor para as crianças, esse entendimento se fará presente", disse Bolsonaro.
POLÊMICA.
Durante sua posse, Ribeiro negou defender violência física em escola, tema que causou polêmica após o ministro aparecer em vídeos publicados em redes sociais, defendendo educar crianças pela "dor". "Jamais falei em violência física na educação escolar e nunca defenderei tal prática, que faz parte de um passado que não queremos de volta", disse ele.
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