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Segundo a Lava Jato, ministro do Tribunal de Contas da União Vital do Rêgo recebeu R$ 3 milhões do então presidente da OAS | /Antonio Cruz/Agência Brasil
Nesta terça-feira (25), a força-tarefa da Lava Jato de Curitiba denunciou o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Vital do Rêgo sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro por supostamente ter recebido propina enquanto presidia no Senado a da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras em 2014.
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Segundo a Lava Jato, Rêgo recebeu R$ 3 milhões do então presidente da OAS, Leo Pinheiro, para que os executivos da empresa não fossem convocados para depor nas comissões parlamentares de inquérito da Petrobras. O ministro também teve R$ 4 milhões bloqueados.
De acordo com a denúncia do MPF, R$ 2 milhões foram repassados em espécie ao ministro por meio de contratos fictícios da OAS com a empresa Câmara e Vasconcelos. Também houve, de acordo com os procuradores, a celebração de um contrato superfaturado pela empreiteira com a Construtora Planície para o repasse de R$ 1 milhão ao ex-senador.
Para receber o dinheiro, Vital do Rêgo contaria com intermediários, como Alexandre Costa de Almeida, atualmente assessor do ministro no TCU, mas que já trabalhava com ele no Senado. Almeida é um dos alvos de mandados de busca e apreensão nesta terça. A Justiça mandou bloquear R$ 2 milhões das contas dele.
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Já pelo lado da OAS, houve a participação ativa de dois executivos ligados ao setor específico da empreiteira para pagamentos de propina, denominado ‘controladoria’, diz a Procuradoria.
Batizada de Ombro a Ombro, a 73º fase da operação Lava Jato cumpre 15 mandados de busca e apreensão em Brasília, e em Cabedelo, Campina Grande e João Pessoa, na Paraíba.
As medidas buscam novas provas envolvendo supostos intermediários das operações em favor de Vital do Rêgo, como a participação de João Monteiro da França Neto, que já foi diretor-administrativo e financeiro do Sebrae/PB.
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A força-tarefa também apura possíveis atos de corrupção e lavagem de uma doação eleitoral oficial da OAS, no valor de R$ 1 milhão, feita ao Diretório Nacional do PMDB, a pedido do ministro.
Os acusados ainda não se manifestaram.
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