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Atualmente, a lei determina que somente a prebenda (remuneração paga ao líder religioso) seja isenta da contribuição
08/09/2020 às 14:53
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem até sexta-feira (11) para vetar ou sancionar o projeto | / Pedro Ladeira/Folhapress
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) recomendou ao governo federal o veto a uma proposta que perdoa dívidas tributárias de igrejas e as isenta de pagamento de contribuições previdenciárias. A proposta já foi aprovada pelo Congresso e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem até sexta-feira (11) para vetar ou sancionar o projeto.
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Os trechos foram acrescidos, em forma de emenda apresentada pelo deputado David Soares (DEM-SP), filho do missionário RR Soares, em um projeto que tramitou no Senado e na Câmara. O texto original não possui dispositivos sobre igrejas.
De acordo com a emenda, as igreja ficariam isentas do pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), seriam anistiadas das multas recebidas por não pagar a CSLL e anistiadas das autuações por não pagar a contribuição previdenciária.
O parecer da procuradoria afirma que a emenda é inconstitucional. "Não parece ser possível ao legislador, diante do princípio da isonomia e da capacidade contributiva, que desonere ou renuncie à receitas públicas sem estar albergado em valores de envergadura constitucional, que parecem não se mostrarem presentes no caso", diz o órgão no parecer.
A PGFN também ressaltou que a emenda não tem relação com o tema do projeto. "Registre-se ainda, que a proposta substitutiva ora analisada não guarda pertinência temática com o PL em andamento [...] O que, no mínimo, contraria a boa técnica legislativa".
Lei atual
Atualmente, a lei determina que somente a prebenda (remuneração paga ao líder religioso) seja isenta da contribuição.
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